- Direção
- Roberto Rossellini
- Roteiro:
- Sergio Amidei (roteiro e argumento), Klaus Mann (história), Federico Fellini (roteiro e argumento), Marcello Pagliero (história), Alfred Hayes (história), Vasco Pratolini (história - não creditado), Roberto Rossellini (roteiro e diálogos), Rod E. Geiger (contribuição)
- Gênero:
- Drama, Guerra
- Origem:
- Itália
- Estreia:
- 31/12/1969
- Duração:
- 120 minutos
- Prêmios:
- 22° Oscar - 1950
Lupas (15)
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Interessante, principalmente porque feito no calor do momento. Mas só gostei verdadeiramente do episódio da Francesca.
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De uma modernidade ímpar para época, Paisà é literalmente uma viagem na qual o expectador, assim como o país e o povo que o habita que são retratados, é transformado face a miríada de sentimentos e acontecimentos desse momento histórico de viragem do século XX. Certo, irregular entre os 6 capítulos que o compõem, mas definitivo nos seus acertos (capítulos 2 ao 5). Destaque pessoal aos capítulos 2 e 3 pela dramaticidade cinematográfica e roteiro.
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Bem interessante, mais encenado e sentimental que a secura dos outros Rossellini. A primeira parte é boa demais, dá vontade de ver mais daquele conto, termina muito repentino. A guerra atinge toda uma Nação, transforma um país, destrói vidas e ambientes em profusão.
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A Itália encarna o personagem do sujeito tolo, ingênuo, que não sabia do que estava fazendo; totalmente desconectado da história e com uma boa suavizada para o lado deles. Paisà tá mais inclinado para o oposto do Neo-realismo Italiano - um filme raso, sem qualqer brutalidade e que tenta colorir a realidade.
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Intenso, amargo, verdadeiro. Roberto Rossellini faz de 'Paisà' um filme sobre desconfiança, degradação e desilusão na Itália do pós-guerra. As feridas estão expostas e o calor do momento exige quase um processo de espiação (que prossegue em 'Germania anno zero').
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31/12/10 - Rossellini nos mostra o pesadelo pessoais impostos pela guerra de maneira emotiva e reflexiva. A apresentação dos horrores são marcados por incompreensão, brutalidade e devastação, exemplo disso é a cena final que mostra uma impiedosa execução.
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Rossellini nos mostra em seus 3 capítulos iniciais como amizades e amores podem ser construídos e destruídos pelos horrores da guerra, e esses são mais interessantes do que os últimos 3.
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Me parece que o governo italiano comprou Rosselini para realizar um filme propagandista em que aparentemente tanto a Itália como nação quanto os italianos, não eram fascistas e nem lutavam ao lado da Alemanha Nazista.
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A II GM representada pela estética do Neorealismo com pequenos recortes em contos que mostram a guerra de forma humanizada e com um multifacetado retrato social do período. Destaque pros contos da siciliana e o soldado, do garoto e o negro e dos padres.
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A mão pesada de Rossellini compromete a organicidade dos episódios. Para além dessa falta de sutileza em deixar os personagens agirem, ecoa uma certa pretensão no uso do neorrealismo.
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Enfim, "Paisà" pode ser considerado como o supremo exemplo do neo-realismo italiano, bem como o segundo filme da famosa 'trilogia de guerra' de Rossellini, que começara com "Roma, Cidade Aberta" e terminaria em 1948 com "Alemanha, Ano Zero".
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Filme fragmentado e acionário, com as emoções humanas servindo de fio condutor sem uma gota de patriotismo apologético, por aqui. Belo registro histórico.
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Se por um lado as diversas histórias fazem com que o telespectador não se envolva tanto com os personagens, por outro, é interessante observarmos, de diversos "ângulos", o que foi esse triste capítulo da humanidade.
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Alguns ortodoxos vão achar que o diretor cria personagens tolos, ingênuos, que não estavam a par do que acontecia em solo italiano. Ledo engano. O que ele filma nesse e em Alemanha Ano Zero são os escombros, os órfãos da Guerra de todas as idades, o diretor conhecido pelo seu ferrenho catolicismo é quase documental. Não existe espaço para a hipocrisia religiosa ou política. Ele foi testemunha ocular da história.
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6 quadros simples da II GM na Itália. Em comum, além das desgraças, o final repentino e impróprio (toda esperança em felicidade dos personagens que o público espera é destruída, sem piedade pelo diretor) . Mas guerra é isso mesmo!