- Direção
- Marco Dutra, Juliana Rojas
- Roteiro:
- Marco Dutra (escritor), Juliana Rojas (escritora)
- Gênero:
- Terror, Drama
- Origem:
- Brasil
- Estreia:
- 30/09/2011
- Duração:
- 99 minutos
Lupas (18)
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Utilizando alegorias do cotidiano para transitar entre o terror, o drama social e o realismo fantástico, "Trabalha Cansa" é uma joia do cinema nacional contemporâneo. Todos os personagens possuem um duplo conflito, resultado do embate entre os desejos e o racional. O tom preciso do filme faz transcorrer em tela de forma orgânica o drama existencial, a tragicomédia e o terror propriamente dito (seja ele caracterizado pelos fenômenos no mercado ou pela desvalorização do trabalhador).
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Os dissabores da classe média - e suas futilidades - em um filme que mistura o cotidiano com o fantástico. Merece destaque na safra recente do Cinema Nacional.
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Belo trabalho climático de Dultra (q viria a aprimorá-lo em Quando eu Era Vivo) e o panorama da crise financeira do país ainda servirá de estudo daqui alguns anos. Alguns arcos inacabados e mistérios pouco aprofundados o impedem de ser algo mais marcante.
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Até agora o melhor trabalho da parceria de Rojas com Dutra. A instauração do inóspito permeia do começo até o fabuloso e impactante final; pra quem gosta de um cinema mais tenso, realístico, mas ao mesmo tempo inusitado, é um prato cheio.
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Retrato cinematograficamente potente da classe média brasileira com apropriações inteligentes do terror são elementos primordiais do sucesso de Trabalhar Cansa, que tem como protagonista o bendito supermercado erguido sobre um prédio infectado.
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Dutra e Rojas acertam tanto nas construções alegóricas quanto na composição de cenas, explorando com talento a presença gradual do sobrenatural dentro de um enredo realista e crítico; onde, por vezes, o real acaba sendo mais assustador que o imaginário.
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Tem muito vício de cinema nacional com personagens super inocentes falando e fazendo coisas quase sem sentido. No geral não faz nenhum sentido, mas não é ruim. Sério.
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É na tensão do cotidiano brasileiro, da desigualdade latente, das estruturas e hierarquias monstruosas, da herança fantasmagórica do que ainda vive e sangra que Dutra e Rojas criam um filme perturbador baseado na real e pequenas gotas do fantástico.
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A cena do papai-noel é arrepiante. Filme camuflado pelo real, contudo sem intervenções, com realidades adversas partindo dos mesmos princípios paralelos, mas convergindo em várias análises de conteúdo. As decisões de roteiro e conduta são ótimas.
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Não fosse o ritmo 'devagar quase parando' seria um ótimo filme.
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O animal dentro de cada um esperando para sair da jaula urbana.
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Ao contrário do que o título sugere, de comédia o filme não tem nada, mas mistura drama e suspense de maneira inteligente, até a metade. Depois, apela para as "fáceis soluções aos problemas difíceis", ficando no óbvio e decepcionando muito no fim.
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É algo notável de se ver no cinema nacional, porém não se trata de uma obra de muito nexo, podendo soar vazia para muitos. Entretanto, esqueça isso e experimente esse ótimo exercício de gênero, um terror fantasiado de drama urbano.
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Imbuídos de um humor discretíssimo, Rojas e Dutra fazem terror psicológico com a classe média, inserido o mistério no ordinário. O clima de sobressalto, intercalado com passagens triviais, resulta em provocadora alquimia.
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Um filme que soube construir uma atmosfera de tensão dentro de um ambiente realista. Diferente de Kill List por exemplo, não utiliza disso de forma superficial para nos causar um choque no final mas discute (com humor) a situação social dos personagens
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Realista e próximo do espectador, sabe bem criar uma atmosfera misteriosa e que desenvolve empatia pelos personagens, ainda que falhe na parte fantástica.
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Grande filme. Funciona muito bem como crítica social e como suspense sobrenatural sendo esse último, de uma força enorme.
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Pior filme da minha vida...uma perda de tempo do início ao fim.