Ainda em seus primeiros passos como realizador, Bergman já visita temas profundos e investia em uma narrativa de alta carga dramática. Os percalços atravessados pelo casal são de ordem externa, e mostram como o simples desejo de começar uma vida a dois pode ser sabotado de inúmeras formas.
Mais equilibrado e sutil na direção, Bergman começa a amadurecer neste melodrama envolvente e bem desenvolvido, com ousadias narrativas que marcariam sua carreira, como a quebra da quarta parede e a existência de seres que ultrapassam a diegese do filme.
Fabio Bach |
Em 04 de Fevereiro de 2018 |NOTA: 7.0
Ingmar Bergman encena um drama sobre uma sociedade que pune, reprime, desfaz sonhos e impede recomeços. Mas ele mostra que seus protagonistas não devem desistir, mas sim lutar, recomeçar, buscarem seu caminho. É preciso lutar contra a hipocrisia reinante.
O casal protagonista cria uma empatia no espectador, levando à se indignar com todo o preconceito e ignorância à sua volta. Tipo de pensamento que permanece atual até os dias de hoje.
Bergman ainda flerta com a narrativa ao estilo de hollywood,mas isso não faz de Chove..um filme menor. Bergman se interessa pelo sentimento daqueles personagens: amor, solidão, companheirismo na linha tênue que separa a felicidade da amargura.Muito Bonito