Apesar da finesse do texto de Bergman, algo que me diz que falta uma certa fluência orgânica no roteiro que requer do espectador atenção redobrada para acompanhar o alter-ego do diretor demonstrando um pouco dos seus processos para extrair o máximo de seus atores em cena. Também escancara o sentimento de envelhecimento do diretor e de sua aposentadoria.
A catarse verbal que, longe de aliviar, promove o transbordamento de mágoas e vácuos residentes nos recônditos anímicos. Exige compenetração e olhos vivazes.
Com Henrik de alter-ego e o querido teatro como subterfúgio, Bergman mergulha no passado para refletir sobre o futuro, abordando importantes temas como o papel/ligação autor-atores, decadência, amor, etc.. A última frase é extremamente bem colocada!