O estilão novelesco de Sirk nunca foi um demérito. Em se tratando de melodramas, ele ainda segue como notável matriz e aqui coloca Stanwyck como a esposa pródiga, lidando com as consequências de escolhas passadas em mais uma de suas atuações enérgicas, ladeadas por coadjuvantes não menos competentes, como as filhas, uma ressentida e outra devota de uma imagem ilusória da mãe.
Como são lindos os melodramas de Sirk, transbordados de emoções genuínas sem nunca caírem no mau gosto, além de visualmente muito elegantes - nesse sentido, mesmo seus filmes em p&b como este aqui não devem tanto aos famosos em technicolor.
Não é muito bom ver os filmes em cores do Sirk antes dos em preto e branco, porque por mais que esse também tenha uma dramaticidade excepcional, fica uma sensação de que alguma coisa está faltando.
Não há comiserações - cada esolha, inevitavelmente, acarreta uma perda. Desfile de desilusões, arrependimentos, rancores e, sobretudo, perdão, ordenado pelo extremo bom gosto visual e habilidade de Sirk. E Stanwyck é top.
Grande pequeno filme de Douglas Sirk. Barbara Stanwyck encarca à perfeiçao a mae que abandonou a família e volta para a formatura da filha. Diálogos afiados, grandes desempenhos, em filme forte, excessivo. Imperdível.