- Direção
- Marcel Carné
- Roteiro:
- Pierre Dumarchais (romance), Jacques Prévert (diálogo e cenário)
- Gênero:
- Drama, Policial, Romance
- Origem:
- França
- Estreia:
- 31/12/1969
- Duração:
- 91 minutos
Lupas (10)
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Me encanta seu visual noir , o romance amargo de duas almas perdidas, condenadas ao sofrimento. É a primeira vez que o cinema de Carné me atinge em cheio.
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As sombras pairam sobre o jovem soldado aonde quer que ele vá, e Carné deixa poucas brechas de esperança. Quando elas começam a aparecer, trazem junto a apreensão quanto à sua durabilidade. Pensando no contexto da sua época, fica fácil entender a perturbação e o escândalo que causou à audiência.
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Marcel Carné (e seu parceiro Jacques Prévert) realizam um conto de pessoas perdidas, criaturas solitárias e sem rumo que se misturam em meio a neblina angustiante de Le Havre. É o mundo onde as pessoas existem, mas parecem destinadas a não viver. Amargo!
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Aqui, o realismo poético de Carné contempla todos os componentes da corrente: tom fatalista, fotografia estilizada e a melancolia de uma população marginalizada em sua própria infelicidade. Ainda assim, o longa não é tão marcante quanto suas ideias.
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12/11/10 -"Cais das Sombras" é o mais puro exemplo do "realismo poético" no qual Carné ficou associado. Um filme melancólico e belo, com excelente fotografia e magistrais atuações de Jean Gabin e Michel Simon, além do grande roteiro de Jacques Prévert.
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Pra mim é superior ao Trágico Amanhecer (filme mais redondo)! Encontro de gerações, culturas e tbm de personalidades perdidas em meio a um mundo estranho. O artista maluco, o beberrão, a depressiva, o rejeitado barba azul, o soldado enfezado, os playboys.
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Sem coerência no roteiro e um elenco que alterna atuações caricatas com boas tomadas, o filme se destaca pela montagem dinâmica das subtramas, ainda que elas não se entrelacem completamente, ou mesmo expliquem alguns personagens perdidos na história.
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Um dos mais belos e tocantes exemplares do Realismo Poético. A premissa inicial não me empolgou muito, mas à medida que fui assistindo, o filme me conquistou de tal jeito que hoje considero um dos melhores dessa época, só perdendo para Trágico Amanhecer.
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Numa existência diluída pela falta de perspectivas futuras, os personagens de Cais das Sombras vivem à margem da sociedade esperando um fim trágico. Filme que comprova a influência do realismo-poético sobre o noir americano.
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A poesia do realismo está profundamente impressa em Cais das Sombras, obra de um dos principais diretores dessa vertente do cinema francês, Marcel Carné.