Méritos pelo notável realismo que Pialat consegue imprimir já em seu primeiro longa. No entanto, a narrativa fica correndo em círculos e dá impressão de que o argumento principal é apenas repetido diversas vezes. Desenvolvimento nu.
Rejeitar a decupagem técnica e todo o savoir faire do cinema; agir como se não houvesse uma linguagem cinematográfica já constituída. Redescobrir a potência primitiva do cinematógrafo: eis o caminho que Pialat toma quando começa a filmar.
Uma espécie de antepassado dos Dardenne e de contemporâneo de Truffaut, que aborda as dificuldades de crescimento e desconcerta pela crueza. Optando por ser sucinto, Pialat oferece uma reflexão sobre os afetos e o peso da vida.
O homem em Pialat é produto de sua época (o pós-guerra, o desemprego, a classe média-baixa), mas acima de tudo é dotado de individualidade para escolher seu caminho. O problema é a falta de caminhos possíveis, como François precocemente descobre.