Lupas (8)

A coragem da protagonista em meio a uma sociedade onde seu papel é altamente demarcado (e limitado) surge como um sopro de sensatez. Porém, a repetição de clichês de dramas ambientados em contextos opressores acaba cansando e tira um pouco do impacto que a obra aparentemente queria causar.

Se o filme parece simples aos olhos ocidentais, nunca se deve perder de vista o potencial incendiário que uma história assim poderia ter num ambiente tão conservador.

Focando o paradoxo tradição (Alcorão, burca, poligamia,...) x (revista, escova, ciúme...), em relação ao mundo muçulmano, o roteiro cria grande expectativa para uma conclusão sólida, o que não acontece. Destaque para a soberba atuação de Waad Mohammed.

28/09/14

A religião como fé ou fardo aos olhos da inocência. Somente essa questão já cresce com sua relevância cultural, mesmo tratado com grande convencionalismo e ingenuidade.

Ao mesmo tempo em que a diretora tentar expor a cultura, as opressões e os costumes do seu país a todo custo, em cada tomada, em cada diálogo, a ideia não dilui. Deixa a impressão que o debate renderia em algo a mais. Bela estréia da diretora, ainda assim

Bonita história,além do aspecto particular lá da região,tem uma universalidade na relação mãe e filha que funciona em qualquer lugar. Não compreendendo esse sistema tão fechado às mulheres,detalhes jurassicos surreais (essa da bicicleta já existiu aqui).

Nem todos os atores e personagens são bem resolvidos e a jornada é previsível, mesmo assim, o filme é uma visão leve e simpática da mulher na sociedade mulçumana.