Depois de dois filmes que considero superestimados e meia boca, este aqui consegue ser um exemplar menos contaminado pela "tosquisse" que habita os filmes anteriores, ainda que o desfecho seja bem idiota.
Ruim. Poucos momentos interessantes, a fórmula já se mostra desgastada, falta renovação nos eventos, na dinâmica. Eu só terminei de ver porque gosto de filme de terror e da série Halloween, mas é fraco. Não é o tipo de filme que se quer assistir muito mais que uma vez. O final, totalmente aleatório e incoerente com o psicológico da personagem até então foi de uma inverossimilhança que chegou a incomodar muito. Michael Myers se torna nesse filme um Demônio Supernatural, não mais um homem.
Mesmo sendo inferior aos dois primeiros filmes da franquia (Halloween 3 é um caso à parte), Halloween 4 é uma produção divertida, marcando o retorno do icônico Michael Myers em busca de vingança, agora contra a filha de Laurie Strode, Jamie Loyd, deixando um rastro de mortes violentas pelo caminho. E o final mirabolante faz uma interessante rima visual com o início da obra original.
Dessas sequências bem fáceis e baratas, ficando uma hora em stand-by para tocar o terror no final, tem seus momentos mas é completamente dispensável e é a partir daqui que Michael vira uma entidade supostamente viva mas de habilidades sobrenaturais.
Os rumos que a série toma a partir desse retorno do vilão são bem difíceis de engolir, mas essa sequência tem seus momentos e não chega a fazer feio como os capítulos seguintes, fora que a trilha de John Carpenter sempre opera milagres.
Um excelente retorno às origens da série, trazendo de volta todo o clima que cerca o mistério do vilão (a utilização mais uma vez da trilha de Carpenter é um dos motivos), além que, diferente de seus antecessores, este capítulo é tecnicamente superior.