Lupas (103)

É todo criado em torno de um estado de incertezas que nada parece ser o que é, mesmo quando é possível perceber que lado a trama está tomando. E David Fincher sabe conduzir este tipo de jogo como poucos. Mas é um tanto cansativo lá pelas tantas.

A trama é demais e garante o filme. Trilha sonora também se destaca.

Brincadeira de estilo de Fincher.Jogando com o gênero e invertendo expectativas.Sustenta a tensão e o mistério no rotineiro mundo real,surpreendentemente sem acertar todos as pistas - deixando até detalhes incomodantes. Atual,diz muito sobre imprensa.

Direção ácida e brilhante interpretação de Ben Affleck. A vida como ela é e a vida como se mostra socialmente. Problema de tudo é que nessa salada encontramos os distúrbios psiquiátricos. Aí fica muito bom o filme.

Suspense bobo, genérico e nada original. No fim,Fincher esboça uma mensagem de que o exemplo de um relacionamento é apenas uma fachada de felicidade, mas esquece que o casal é totalmente infactível com a realidade e sua "crítica" se torna uma grande piada

Da primeira vez foi muito instigante; da segunda, nem tanto.

Uma metáfora sobre o casamento!

Conheci uma mulher que me deslumbrou. Quis que me amasse, então fingi ser melhor do que era. Quando nos casamos, prometi ser aquele cara. O cara trabalhador. O cara que vive, age e ama com tanta paixão quanto ela. Fracassei." Resumindo o casamento de hoje

Fincher nos manipula, nos engana, nos torna cúmplices e depois nos vitimiza. Joga com os arquétipos de marido e mulher, os desconstruindo e os trazendo a tona enquanto farsa. Irônico e perturbador. Leia a história, mas atente-se as entrelinhas.

Fincher vai se consagrando cada vez mais ... alguma dúvida de que ele será lembrado no futuro como um dos grandes cineastras do nosso tempo ?

Garota Exemplar" é a materialização de todos os pesadelos (mais conservadores) de um homem em relação ao casamento, uma espécie de Atração Fatal em que o papel da mulher se inverte, de amante a esposa.

Prende a atenção do inicio ao fim, como nos melhores filmes de Fincher.

03/01/15

Direção enérgica de Fincher e uma terrível Pike em cena garantem o interesse, mas isso não é tudo: está lá também a crítica à uma sociedade que elege seus mocinhos e vilões via mídia.

Fincher arrasou nesse

Quando foca a mente psicopata feminina é algo simplesmente genial. Afinal, Fincher é Fincher e acabou!

O melhor de David Fincher. PS.: Rosamund Pike está exemplar.

Jogo de imagem, manipulação, desconstrução, hipocrisia, ironia, justiça, é Fincher, Flynn e Pike passando por cima de tudo, de quaisquer limites, expectativas e paradigmas, arrancando a ferida e deixando sangrar, concebendo uma obra hipnótica e feroz.

Fincher já é meu diretor favorito dentre os que surgiram nos anos 90 em hollywood. Aqui ele mantém o estilo pesado e atmosférico que só ele faz brilhantemente. Ainda que não alcance seus grandes filmes, é uma grande obra.

A intelectualidade dos diálogos iniciais incomoda pela superficialidade, mas é justamente do que se trata a obra, que toma como seu âmbito uma das convenções sociais mais tradicionais e ambíguas: o casamento. Affleck competente, Pike dona do filme.