- Direção
- Naomi Kawase
- Roteiro:
- Naomi Kawase
- Gênero:
- Romance
- Origem:
- Espanha, Japão, França
- Estreia:
- 15/01/2015
- Duração:
- 118 minutos
- Prêmios:
- 67° Festival de Cannes - 2014
Lupas (14)
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A vida começa e inicia na água, e é do mistério da vida que o filme se alimenta, criando aos poucos uma série de referências humanas. A diretora Naomi Kawase não tem nenhum roteiro poderoso em mãos, o que torna o filme um pouco cansativo. Mas tem amadurecido na mente o poder da sua narração. Ao trazer elementos como doença, casamento, relações familiares, choques geracionais, sexo, a salada de frutas toda não parece excessiva, e sim enriquecedora. É humano, demasiado humano.
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O mar é intensidade, desejo, símbolo, ensinamento. A água é o elemento da vida, potência da criação, força acolhedora da natureza. A existência é um fluxo constante de altos e baixos, alegrias e tristezas, amores e devaneios, mistérios e descobertas. Sempre impressiona a delicadeza e sabedoria do olhar de Naomi Kawase.
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Aquele filme para contemplar o silêncio das cenas enquanto refletimos sobre os acontecimentos, lindo, poético, intenso, tem que se prestar atenção aos detalhes, e aí que eu me perco, a família da Kyoko encantadora, cenas fortes como o bode, a caça, ensanguentada, ascensão sensualidade e pureza na nudez, singela e dolorosa morte, cenas entrecortadas pelo mar e suas ressacas, fotografia fria, azul e cinza, apaixonante...
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Entre metáforas e poesia, Kawase constrói uma obra sobre a natureza de tudo que há nesse mundo. Obra completamente sensorial e irretocável.
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Há um momento ou outro que interessa, sim: o mar, no início do filme, com sua força colossal. Já a relação entre natureza e humanos, vida e morte etc, me dá mais sono que qualquer outra coisa. Filme chato do C@#%*!!!
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Bloco de vida em curso,um mundo real onde a vida e a morte convivem com a espiritualidade. Morte,triste certeza,difícil de aceitar,que traz a maior de todas as mensagens: aproveite enquanto for possível. Kawase é a maior poeta do cinema atual.
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Expor em palavras os sentimentos que este filme me aguçou é tarefa árdua. O homem e o naturalismo, a vida, a morte, a espiritualidade, o amor. Kasawe descreve o ser humano por sua simplicidade e acaba com um filme de complexidade ímpar.
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02/01/16
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O movimento do mar como metáfora sobre a vida, suas certezas e mistérios: o nascimento, a perda, as descobertas. Ao mesmo tempo simples e pretensioso. Filme de beleza rara.
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É Kawase sobre descobertas, sexualidade, sobretudo trata-se do ciclo irrefutável da vida e da morte (onde homens e animais já não se distanciam tanto assim). A natureza mais uma vez, vence.
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O coming of age de Kawase alicerça seu ponto de amadurecimento na compreensão da efemeridade da vida e na consequente necessidade de conexão, geradora de significado, que aqui se estabelece no sexo, metaforizado pelo mar. Filme mais bonito do ano.
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Tão sensorial e contemplativo quanto a natureza. Dois adolecentes em fase de descobertas em meio a pensamentos que podem ser tão revoltos quanto o mar. A beleza silenciosa das imagens naturais quase sempre soturna,o deixa ainda mais expressivo e reflexivo
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Belo cruzamento entre Malick e Weerasethakul. A natureza como extensão do homem: vento, águas e outros elementos se confundem com as emoções.
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O cinema tradicionalmente naturalista de Naomi Kawase encontra ressonância na psicanálise ao retratar o conflito sexual e paralelizá-lo poeticamente com as forças da natureza - estas representadas por uma rima de imagens impactantes e sons retumbantes.