- Direção
- Roteiro:
- Zhangke Jia
- Gênero:
- Origem:
- ,
- Estreia:
- 23/06/2016
- Duração:
- 131 minutos
- Prêmios:
- 68° Festival de Cannes - 2015
Lupas (10)
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Começa nos passando uma ideia sobre um possível triângulo amoroso e acaba evoluindo para outros tantos temas pessoais difíceis e importantes que possam aparecer no decorrer da vida, tendo como contexto uma "nova" China que está em mutação devido aos inevitáveis efeitos da globalização e consequentemente do capitalismo.
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A China e sua mutação em gigante capitalista. Um processo que parece deixar estranhas e conflitantes marcas em sua cultura milenar. Mas não seriam esses conflitos tão inerentes a condição humana em qualquer tempo e espaço? Talvez tudo aconteça na poesia.
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Talvez sua nuance mais criticada tenha sido o que mais me agradou. A separação dos núcleos de personagens e a alternância de protagonistas reflete claramente à sensação de distanciamento. Suas vidas passam e seus parentes se esvaem da tela como na vida.
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O paralelo das cenas inicial e final pontua bem a construção feita por Zhangke, com a instrumentalização de um melodrama pela "imagem maior": reflexões sobre cultura e sociedade em um país que passa por grande transformação desde a virada do século.
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Levanta reflexões esparsas sobre cultura e pertencimento, e há momentos de beleza, mas a narrativa dividida em três tempos compromete demais o engajamento do espectador, já que há histórias que simplesmente são abandonadas e outras que surgem do nada.
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Jia fala sobre o espaço e o tempo emocionais através de sua materialização, criando diálogos diretos entre os dois estados por meio da história das relações de uma pequena família.
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A experiência se dá quando Zhangke transcende a imagem e vai intimamente à alma da história, reconhecendo graciosa e plenamente a potência de um filme simplório, mas com grandes mensagens pedindo por revisão.
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Celebra o poder da imagem e do som com momentos de beleza embevecedora. Melodrama tríptico que brinca com os formatos de tela e faz meditar sobre a ocidentalização chinesa, bem como sobre a universalidade dos sentimentos.
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À uma pergunta moderna, Zhangke dá uma resposta clássica: o que fazer quando se há completo domínio sobre a manipulação do espaço? O diretor chinês oferece um melodrama. Filmão.
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Minha primeira experiência com Jia e o que fica é a sensibilidade ímpar do cineasta no olhar sobre seus personagens, latente no timing preciso de cada plano, e a habilidade com os mais diversos tons, do humor à tragédia. Zao Thao impressiona também.