Fassbender esta fantástico como Jobs, tanto nas expressões e transformações, englobando uma parcela da vida e obra deste ( também um grande xarope). É um filme redondo, repleto de diálogos ácidos e muitos embates enfadonhos.
A estrutura ousada do roteiro de Sorkin e as boas atuações fazem o filme valer a pena, mas é de se notar que o próprio diretor tenha desaparecido em meio ao bom trabalho de sua equipe. Os maneirismos de Boyle estão lá, claro, mas ficou faltando o resto.
A figura e o tema não são muito atraentes,mesmo sendo de personalidade - Jobs devia ser chato pra cacete.
Mas o trabalho dos atores está num nível tão espetacular que fica difícil não admirar esse lado.Seis atores absurdos em tela de uma única vez.
Verborragia fatigante e repetitiva. Claramente, Fassbender e Winslet apresentam excelentes desempenhos, o que não salva a narrativa de um certo marasmo antes mesmo de sua primeira hora.
Ainda que a execução seja, por vezes, monótona, a estrutura e os caminhos escolhidos surpreendem. O filme se assume exatamente o que ele é, um eficiente e rápido retrato de Jobs, o homem.
Esquemático, a estrutura dos três blocos se repete em cada um, com praticamente as mesmas situações na mesma sequência, em um retrato bem pouco simpático à figura de Steve Jobs (acredito que mais pelo roteiro do que pelo Fassbender, correto no papel).
Aaron Sorkin é, ao mesmo tempo, defeito e qualidade do longa. Os bons diálogos opostos à estrutura repetitiva e inverossímil dos três atos deixam o roteiro irregular, de modo que nem as ótimas atuações tiram a obra de sua inconstância.