A biografia de Fisher, assim como sua mente delirante, é uma grande "bagunça", e narrá-la em apenas uma sessão de 2h seria impossível, mas resumi-la a algumas partes, sem uma ligação melhor entre elas, foi o grande problema do roteiro. A direção se perdeu entre o drama e o "pop" (metáfora à loucura do mestre?), não conseguindo equilibrar os 2 estilos (a montagem decepciona), sem cansar o espectador; e Maguire (parece Spiderman) não personifica o protagonista com a qualidade esperada.
Interessante, legal demais ver o foco no xadrez (podia ser até maior, podiam ter mostrado várias disputas no duelo de mestres), também no medo real da espionagem comunista - inclusive o russo teme a mesma situação.
Biografias de cinema são muito padronizadas, essa foge algumas vezes. Essa ideia do recorte de alguma situação não me agrada muito, exatamente por não focar INTEIRO naquele momento.
Fica desbalanceado e faz o espectador sentir falta de outros momentos.
guardadas as proporções, é um Rocky IV do xadrez (ele é bem menos escancarado e cafona, mas não larga a velha mania dos americanos de serem tendenciosos ao tratarem da disputa EUA / URSS). assista a "Bobby Fischer contra o mundo" que você ganha muito mais
Superficial na análise psicológica e maniqueísta demais, não funciona bem como biografia. Fosse uma ficção com um protagonista mais empático se sairia melhor. Mais decepcionante do que outra coisa.
Zwick continua com seu cinema tecnicamente refinado, mas narrativamente frágil, em uma obra que, não fosse pela entrega de Maquire no papel do renomado jogador Bobby Fischer, ajuda pouco à entender sua importância e a complexidade do xadrez em si.