Yang não é um diretor acessível, e aqui está seu trabalho mais difícil de acompanhar: três histórias entrelaçadas cujo fio condutor nunca está claro. Os personagens e seus dramas se confundem e a sensação é a de ter entendido bem supeficialmente o que se desenrolava na tela. Problema de recepção? Talvez, mas não é o primeiro do diretor com essa característica incômoda.
Um filme que é a representação da insatisfação que se abate sobre a sociedade moderna. Medo e vazio que são produtos do terror urbano, dessa existência moderna e descontrolada. Não há sentido das coisas, é a sensação de coisa alguma. Um colapso eminente de tudo e todos. Os tempos da perdição continuam sua marcha fúnebre ano após ano.
As imagens são boas mas não é muito atraente.
Disperso demais e com história confusa (inclusive faz uma reviravolta tola na última cena).
Faltam detalhes nos diálogos.
O mais impressionante trabalho de fotografia num filme de Yang, o que é superlativo, retratando temas que lhe são caros, como a delinquência juvenil, a obsessão masculina e o fascínio da imagem, em histórias interconectadas das formas mais improváveis.
O painel fotográfico que Edward Yang traça é um retrato da vida comum em paralelo à ficção, os espelhos que refletem este limiar entre o mundo real e o fictício,entre o interior e exterior. Narrativa moderníssima num filme que talvez nem tudo funcione bem