- Direção
- Marco Dutra
- Roteiro:
- Sergio Bizzio (roteiro e romance), Caetano Gotardo (roteiro), Lucía Puenzo (roteiro)
- Gênero:
- Suspense, Drama
- Origem:
- Brasil
- Estreia:
- 22/09/2016
- Duração:
- 102 minutos
Lupas (19)
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De um lado o silêncio produto de uma experiência traumática e do outro imprevisíveis comportamentos humanos diante de coisas que fogem da ordem padrão. Silêncio, medo e fobia.
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A covardia na forma de um homem fóbico, um bom filme... Uma pena a Carolina Dieckmann ser uma pessoa ordinária, porque é um boa atriz...
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É bem dirigido, vide as boas composições de cena e as boas atuações. O roteiro, no entanto, tem um ritmo tão vagaroso que o espectador quase sempre está um passo adiante, ou seja, é um filme que planta pistas de forma muito previsível. Todavia, frente ao final morgado, isso não chega a ser um problema.
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Um bom e curioso filme, que mostra um "silêncio ensurdecedor" de um casal. Que tenhamos mais filmes nacionais fora dos padrões assim.
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Profundo estudo de personagem e perspectivas. Há momentos pra se tapar os olhos com as mãos.
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Um abordagem relevante e contemporânea sobre as sequelas do estupro na vida de um casal; pode soar polêmico por se passar quase inteiramente na visão do homem, porém orquestra discussões fortes sobre vingança e personagens sociais em nome da harmonia.
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Não fosse umas divagações meio desprendidas da trama geral seria bem melhor, fica que é um thriller ameno com alguns pontos de mais virtude narrativa.
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Com roteiro muito parecido do excelente O Apartamento (Irã), do mesmo ano, é uma versão + limitada, porém, com suas próprias nuances. Não souberam aproveitar o ótimo material. Ainda assim surpreende, inclusive o belo rosto de Carolina Dickman. Sesc, 9-17
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Dutra filma com extrema sabedoria, conduzindo as ótimas discussões sobre medos e falta de comunicação/diálogo em um relacionamento trazidas pelo roteiro com destreza e sensibilidade. Mesmo a narração em 'off', por vezes intrusiva, não chega a atrapalhar.
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A história é muito boa, começa muito interessante e desenvolve uma justiça pessoal bem natural. As divagações da narração estragam bastante. Quebra o ritmo e tenta esclarecer demais os sentimentos, ao invés de deixá-los aparecer em olhares e atitudes.
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Muito maneiro, enredo mal produzido, começando pelo fim, deixa uma sensação de perda de caminho dos inumeros roteiristas. Mais de um, já fica dificil. Imagine, três ou mais. O diretor não consegue tirar autenticidade dos atores principais.
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19/03/17 Agradável surpresa, o melhor filme brasileiro de 2016.
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Muito desconfortável e muito bom.
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Máscaras e personagens inseridos num cotidiano de cores saturadas e uma dinâmica a dois que mais parece um baile letal. Dutra conserva o suspense e o par central é defendido com afinco.
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A síntese de vários relacionamentos elevada à décima pontência. Antes de funcionar (muito bem) como um misto de drama/suspense, a obra possui o mérito de tratar das imensas dificuldades de se confiar e dialogar de maneira aberta com a pessoa amada. Ótimo!
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O silêncio comunicativo, o silêncio por medo, por angústia, por traumas. Dutra explora bem as lacunas do casal diante o episódio traumático. Mesmo após a descoberta de ambos, o silêncio perdura. "Não tem cura". É um final angustiante.
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Dutra ataca num thriller que ecoa Verhoeven, incorporando uma narrativa ainda mais elaborada que a de seus dois filmes anteriores, adotando elementos mais onipresentes e "reais". É, possivelmente, seu melhor filme.
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Apatia é uma mentira que criamos ao mundo exterior. É uma escolha que corrói como ácido clorídrico, que rasga como um cacto, que ofende como uma metáfora mundana que só nos relembra que somos parte desse todo e nada temos para controlá-lo.
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Dutra dispensa o sobrenatural ao abordar uma situação traumática o suficiente para permitir que sua estilização opere a todo vapor e se desdobre nos temas que verdadeiramente lhe interessam: a cumplicidade silenciosa e as barreiras de um relacionamento.