Lupas (26)

O filme se sustenta em uma ótima caracterização de época, em uma bela fotografia e na atuação magistral de Natalie Portman. Porém o desenvolvimento da história é muito disperso, com um eixo central fraco que acaba inibindo uma conexão maior com a personagem.

Intrigante do começo ao fim. Portman maravilhosa!

O tédio reina com folga na reconstituição dos primeiros dias de viuvez de Jackeline Kennedy, incorporada com fleuma por Natalie Portman. A fotografia e a trilha funcionam, mas é uma canseira manter os olhos em tantos vaivéns de diálogos e preparativos, confirmando Larraín como um diretor a ser evitado.

O roteiro é muito cruel com Jackie, descrevendo-a como a fútil e vaidosa esposa ressentida do presidente que não teve tempo de fazer algo grandioso e que o funeral dele seria a ocasião perfeita para ela finalmente brilhar. Independente da atuação caricata, Natalie incorporou bem essa figura e deu uma espécie de vida fúnebre (se é isso possível) à personagem. Mas isso não foi o bastante, a direção se perdeu na importância das cenas (edição também ruim) e o filme se arrasta em diálogos insossos.

O filme é distante, com um clima melancólico e doloroso, realçado pela forte presença de Portman. A trilha sonora é boa. Gostei.

Bom filme.

Ao longo da projeção, a sensação se dissipa, e a atriz chega a um notável equilíbrio entre força psicológica e fragilidade física. Assim como Jackie foi capaz de impor sua visão particular sobre o legado do marido, Natalie nos oferece uma Jackie só sua.

A dupla conversa da personagem com o padre e o jornalista desequilibra o ritmo, se perdendo também com a montagem, que não encontra o fim que quer mostrar. No entanto, ainda há uma competência na retratação dos acontecimentos da época.

Pode ser que funcione melhor para os entusiastas da história política dos EUA. Não me comoveu enquanto cinebiografia, os melhores momentos não estão no drama narrativo da protagonista frente à tragédia e sim quando foca nos acontecimentos do fatídico dia.

Passa longe de alcançar algum senso de coesão ou equilíbrio fílmicos,com a persona irritante e presunçosa composta por Portman preenchendo cenas redundantes ligadas por uma montagem perdida. O final lição-de-moral é especialmente gratuito. Mas dá pra ver.

O filme cresce nos momentos mais intimistas, como Jackie limpando o sangue do rosto, tirando a roupa do fatídico dia; fortalecidos também pela boa atuação de Portman. Porém, é bem superficial em suas ideias de imagem, legado e fé.

Achei que só ia tinha achado meio chatinho... Podia ter focado num período maior e torná-lo mais dinâmico, mas gostei...

Um filme interessante.

Com monotonia e certo distanciamento, Larrain não consegue nos fazer interessar por esse lado específico da história do assassinato de Kennedy. Portman está OK.

Um filme em que tudo é ok, que exalta seu objeto de homenagem, mas que não marca nem impacta. Portman está muito boa e tecnicamente é bom. Mas só.

O filme traz uma abordagem interessante sobre a relação entre História e Memória, trazendo o esforço de Jacqueline Kennedy em transferir seu marido em mito e construir determinada imagem de si mesma.

porra, o filme tem 3 cenas só

Interessante na abordagem episódica e no bom desenvolvimento do conceito de legado e da essência do luto, encarando Jackie mais em seu lado personagem do que indivíduo. Poderia ir muito além, claro. A parte técnica é louvável.

Bem irregular no retrato não linear que pouco acrescenta aos fatores históricos. Mesmo com a superexposição da protagonista parece que nada realmente foi explorado nela. Visão polemicamente enfadonha.

Interessante demais, pega um único momento e explora o que aconteceu na sequência do assassinato de Kennedy, uma pergunta curiosa de se fazer. Acompanhar nos olhos da viúva, o luto, o desenrolar político e os preparativos do funeral. Natalie nos absorve