Se conseguirmos fugir de certas análises técnicas ou outras mais críticas, certamente enxergaremos uma história com bons entrelaços familiares vagando em uma atmosfera que contém grande criatividade e risos fáceis. Esse tipo de humor esquemático se mantém vivo em animações como essa devido ao fato dos assuntos abordados sempre darem aquela cutucada no coração. Os minions, por mais que tímidos nessa ocasião, ainda exaltam carisma.
Roteiro praticamente não há (novamente), mas o enredo trás algumas ideias promissoras, como Bratt personificando milhares de celebridades relâmpagos, que se perdem após o sucesso momentâneo acabar. Mas o filme não consegue desenvolver isso, e nada diferente do humor infantil abobalhado. Mesmo com os personagens fofos (os minions já renderam o que dava) e todo o colorido da animação, a repetição de cenas amalucadas (as mesmas perseguições explosivas idiotas das outras vezes) acaba cansando.
Com algumas cenas chatinhas, mas na sua maioria divertidas e fofas, não tem como não amar, destaque para Lucy tentando ser mãe, coisa mais maravilhosa, e Agnes e seu unicórnio, como não amar, os Minions continuam lindos e divertidos, até um pecado o gado do Bozo ter essa alcunha tão fofa, os Minions não mereciam isso, animação deliciosamente fofa...
Pergunto-me se mesmo as crianças continuam se atendo a um universo que não consegue mais se justificar, resumindo-se em ações esquizofrênicas constantes e um mar de superficialidade em todas as pseudo-tramas. Nem os Minions têm o devido espaço.
A série está toda desgastada, assim como os personagens (com exceção dos minions, que nem ganham muito destaque). E os novos personagens, não têm personalidade ou carisma algum, tornando o filme (que já tem um roteiro genérico) ainda mais sem graça.