Que filme lindo… Judi nasceu para ser Rainha, seja ela Victória ou Elizabeth, de uma majestade tamanha… O filme tentou ser bem fiel à obra da pesquisadora Shrabani Basu, isso e muito bom, os adereços fictícios são de cunho cômico, o que auxilia o filme a ganhar em leveza, ao invés de se tornar uma trama da realiza carrancuda, delicioso, muito cativante e apaixonante, Rainha Victória deve ter sido uma personalidade realmente austera e inteligente…
Com um roteiro baseado apenas em diálogos curtos e emotivos, Stephen Frears aposta no tom teatral agradável para, não só humanizar a rainha, como fazê-la simpática (acostumada à vida pomposa da corte, foi preciso um serviçal indiano para lhe mostrar um pouco de realidade, ainda que deturpada pela visão míope do muçulmano). Para isso, conta com atuações precisas de Dench e Fazal e uma parte técnica (figurinos, cenários, paisagens e trilha sonora) bem equilibrada (a edição também é apropriada).
Como de costume, Dench brilha, mas sabe ser generosa com seu parceiro de cena, nada fraco por sinal. Um filme essencialmente de atuações e bons diálogos.
Outro momento fascinante de Frears sobre a Coroa Britânica, agora com mais tom de humor.
Bonito, curto, direto.
Legal demais por se tratar de uma amizade acima de tudo (será que foi nesse nível?), entre um jovem e uma velha, que acabaram se admirando.
O humor, apesar de bobo, funciona dentro da narrativa. O problema maior é a constante troca de tons, com um final bem anticlimático. Fica o maior elogio para a excelente química entre Judi Dench (sempre bem) e Eddie Izzard.
É difícil sentir a passagem temporal e o roteiro não tem muitas nuances (o príncipe Albert e a Corte aparecem quase como 'vilões"), mas Judi Dench brilha em cena, e carrega o filme nas costas.