Lupas (17)

Completamente apaixonada, de onde as pessoas tiram tanta criatividade, e eu a imaginar mais uma comédia fofa, e a surpresa ao ler o tom da crítica social, o sonho americano, o sub emprego, exploração e exclusão dos imigrantes, ambição, e sobre o altruísmo, e o número pequeno de pessoas que aderem o bem-estar social, acima do seu próprio… Matt Damon e Hong Chau estão maravilhosos, Hong linda, talentosa e encantadora… Muito bonitinho e muito genial...

Desconjuntado, perdido, fora de tom, alguns pontos que resumem o filme, é imprevisível negativamente, é melancólico numa cena, bobo em outra, faz comédia e quebra as vezes com bons momentos emocionantes, todos pela boa personagem da vietnamita, o protagonista é levado de lado a lado sem muito propósito e o mundo a ser explorado, com as diferenças e discussões sobre os pequenos nunca é satisfatório, tem bons momentos isolados, mas o todo é uma completa bagunça.

A premissa supõe uma reflexão sobre a humanidade a qual os roteiristas não conseguiram extrair. Pelo caminho que foi tomado tenho por mim que o filme foi idealizado por sua premissa sem de certo saber qual o caminho tomar. Tanto é verdade que não parece nem haver conclusão. Damon interpreta um banana bem insuportável.

São muitas ideias ruins e que tão pouco funcionam juntas. Não tem foco nenhum, uma bagunça total.

A saturação de mensagens cansa quando o filme troca a sátira futurista pelo drama social, ticando tópico por tópico da agenda politicamente correta. É um problema com que o cinema hollywoodiano tem de lidar desde que as séries passaram a oferecer complexidade narrativa ao público de sofá, deixando para os filmes a função limitadora de entretenimento sensorial. Payne pelo menos não evita o risco de elaborar, o que já não é pouco.

PÉSSIMO!

Matt Damon, numa seca danada, traça uma refugiada (sim, em miniatura também) vietnamita manquinha (literalmente, por ser amputada), moradora de um cortiço (empreendedorismo supervisionário do projeto futurista), em uma das "8 phodas americanas", e depois pensa em fugir dela, com o pessoal de uma seita sifilítica, preocupada com o excesso de metano na Antártica (talvez tenha esquecido algo)? Deveria concorrer ao prêmio PolCor do século! Acorda pra vida, Payne!

Um pequeno grande erro do costumeiramente muito bom Alexander Payne, que desperdiça uma ótima premissa (até que bem desenvolvida no primeiro ato) transformando-a num material pseudo-ambientalista totalmente sem rumos.

Criativo e original, mais uma ótima história humanista de Payne, autor sensível e com personagens amplos. Excelentes pontas. Hong Chau arregaça como uma perneta de fé, de alma grande, fazendo da razão de sua existência ajudar na existência dos outros.

Adoro Alexander Payne, seu cinema é sempre uma grata surpresa, e também é muito louvável que tenha lançado este filme como uma "comédia para bêbados" e tenha entregado um filme crítico e bizarro, o problema é que faltou filme após 20 ou 30 minutos.

A premissa é interessante e tem boa execução. Embora com personagens superficiais e às vezes impenetráveis, a construção do mundo é instigante, divertida, mas desconfortante. Só não é claro nas suas pretensões, embora as críticas sejam óbvias. Contradição

Críticas sociais óbvias com um humor bem bobo, se bem que seria bem mais interessante se fosse tudo uma grande comédia pastelão. Tantas boas intenções juntas no cinema não costuma dar boa coisa, não parece dirigido por Payne, mas por Bono Vox.

Se na primeira hora de filme Payne consegue desenvolver de forma satisfatória a sua interessante premissa, o que ele entrega em seguida é algo sem qualquer foco narrativo, com personagens superficiais e situações embaraçosas. Facilmente seu pior trabalho.

O curioso argumento é super bem construído, nos prendendo e provocando profundas reflexões acerca do futuro da humanidade e de nossas condições existenciais.

A primeira metade, apesar de didática, funciona melhor que a segunda, que já não conta mais com Wiig. O desfile de coadjuvantes também é bola fora, especialmente um repetitivo Waltz, enquanto Damon ratifica seu carisma e talento para tipos comuns.

Payne constrói um bom primeiro ato, mas depois faz seu filme desmoronar na bagunça que vira o roteiro. Nem o bom trabalho de elenco salva (Damon, Waltz e Hong Chau se destacam).