é impossível não comparar com 'A caça', que está bem a frente da versão made in brasil. O filme tem atuações fraquinhas e um roteiro que fica dando voltas,mas nunca chega a um clímax satisfatório.
O 'A Caça' nacional surpreende, com sua diretora construindo uma meticulosa atmosfera de tensão e paranoia em torno de acusações injustas, ou não. Daniel manda bem como Rubens, mas se o personagem fosse negro e favelado o filme seria ainda mais relevante.
Carolina Jabor recupera um tema já tratado em outras obras, mas constrói com rigor a dubiedade do protagonista, tornando-o difícil de criticar e de defender. Silencioso, mas de construções psicológicas ruidosas, e que aponta vários espelhos ao espectador.
Estudo poderoso sobre o uso irresponsável da internet e como possuímos verdadeiras armas em formato de smartphones. A escolha de não revelar a culpa ou inocência do protagonista - ao contrário do irmão A Caça - é acertada. Obra-prima nacional.
Não há o mesmo impacto de A Caça, mas é eficiente em transmitir a mesma crítica social; o quanto a nossa sociedade é irracional ao lidar com esse tipo de problema. A construção do protagonista (assim como a atuação) é ótima, abrindo margem para dualidades
Boas intenções em relação a dubiedade e uma construção cuidadosa de personagem de Daniel Oliveira tiram o filme do lugar comum, mas a falta de desenvolvimento da trama e as demais atuações deixam o resultado abaixo do esperado.
Entre a verdade e a sua versão, muitos escolhem a segunda alternativa, conforme apresenta o roteiro, porém de modo menos eficaz que um certo dinamarquês, com o qual a comparação é inevitável. Oliveira é de longe o melhor de todo o elenco.