- Direção
- Roteiro:
- Barry Jenkins (roteiro), James Baldwin (romance)
- Gênero:
- , ,
- Origem:
- Duração:
- 117 minutos
- Prêmios:
- 76° Globo de Ouro - 2019, 91° Oscar - 2019
Lupas (11)
-
Um romance lindo e uma crítica social super necessária, principalmente no ano em que foi publicado o livro, anos 70, numa época marcada pela libertação e também contenção, não muito diferente do período contemporâneo, muita emoção e revolta circundam o tema, o preconceito latente, a raiva engolida, ausência de empatia, alguma benevolência, esse autor foi e será sempre muito necessário, grande, revolucionário, realista, lindo, lindo…
-
Além da pertinente crítica ao sistema judiciário e policial americano sistematicamente racista, uma genuína, sensível e dolorida história de amor.
-
Sem conseguir dar um norte ao seu próprio roteiro (crítica ao sistema judiciário-prisional?), Jenkins demonstra tampouco saber exatamente o que passar com sua direção irregular, de longas cenas sem conteúdo narrativo sequencial (parte dos familiares do "barraco" inicial é esquecida posteriormente, assim como outros personagens ao longo da história, que só aparecem para "bater um papo"). A lenta edição, mais do que transmitir sensação de impotência diante do problema, expõe a nulidade da trama.
-
A história e mensagem já estão anunciadas nos primeiros 20 minutos e o restante são repetições líricas do que já foi assimilado. Jenkins é um esteta da imagem e da palavra, com isso o tempo que dedica a amar seus personagens engrandece, mas a falta de uma nova via obriga a rodar em círculos.
-
O ritmo é irregular, não conseguindo ligar muito bem as duas tramas. Mas é bem dirigido, muito bem atuado, tem um bom roteiro e tecnicamente é muito bom, principalmente na ótima trilha sonora. O filme funciona muito mais no romance. Poderia ter sido melhor mas é um bom filme.
-
Acerta por negar um retrato seco e agressivo, partindo de uma síntese orgânica entre a mais íntima paixão com a desgraça do racismo, tornando o filme algo mágico. A narrativa paralela, as cores e a pouca profundidade de campo elevam o charme do filme.
-
A narração em off é redundante e preguiçosa, bem como o tempo e desnecessariamente alongado na primeira metade. King tem a personagem mais interessante nas mãos, embora só cresça de fato na reta final.
-
O início tem cenas melhores (como o quebra pau na sala) mas o todo é muito desinteressante - do meio pra frente fica muito repetitivo. Jenkins não consegue dar ritmo, novamente faz ficar lento em toda sequência. KiKi Layne é bem boa e salva a atenção.
-
O mais impactante dos filmes com temática racial. Consegue alternar a ternura que te faz criar empatia no romance entre os protagonistas com a indignação ao retratar o ambiente hostil que viviam. A cena final é um nó na gargante. Filmaço
-
Obra sexy, sensual e fortemente catalisadora de uma América 100% negra - a música é a cereja do bolo. Jenkins entende novamente a vibração que determinada história literária merece ter em sua experiência cinemática, e chega lá com deliciosa desenvoltura.
-
Jenkins prova em mais uma obra-prima o quanto possui uma sensibilidade fora do comum, ao transmitir sentimentos em quase todos os seus planos, reforçados pelo diálogo ou só bastando o silêncio. E sua estética já é uma marca registrada.