- Direção
- Julian Schnabel
- Roteiro:
- Julian Schnabel, Jean-Claude Carrière
- Gênero:
- Drama, Biografia
- Origem:
- Estados Unidos, França, Reino Unido
- Duração:
- 110 minutos
- Prêmios:
- 76° Globo de Ouro - 2019, 91° Oscar - 2019
Lupas (13)
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Willem Dafoe é o segundo ator a ser indicado ao Oscar de Melhor Ator por interpretar Vincent van Gogh , depois de Kirk Douglas em Sede de Viver (1956).
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Assista esse filme com a mente aberta, com imersão, não como um simples passa tempo, a camera na mão e as imagens em primeira pessoa te colocam dentro da história, ladoa lado com essa figura fantástica, amargurada e frágil, que está sempre em busca de algo, sempre em fuga de si mesmo e ao mesmo tempo entendendo que a arte o definia, algumas imagens parecem etéreas demais, e a narrativa não é convencional, e a atuação de dafoe é extraordinária, a angústia de Vincent através do seu olhar, lindo.
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Saio de O Portal da Eternidade bastante dividido. Enquanto entendo que o filme possui um mérito absurdo por fugir do lugar comum , das convencionalidades e burocracias típicas das biografias optando sempre pelo foco na crise existencial de seu personagem em detrimento de seus feitos, entendo também que, e embora eu compreenda a opção de Schnabel, o trabalho de câmera me incomoda, me soa juvenil na maioria da projeção até que em certo ponto parece encontrar seu lugar correto;
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Optando por uma percepção contemplativa e visual, Schnabel tenta tirar do roteiro só o essencial para entrar na loucura genial de Vincent. Assim, escolhe uma "câmara nervosa", com constante alteração de cores na fotografia. Os poucos diálogos mais transmitem crise existencial do que explicam a dura realidade do fracasso. A edição confusa, com cortes bruscos em algumas cenas, e outras demais alongadas, sem uma sequência temporal coerente, é mais uma artimanha para passar a insanidade de Van Gogh.
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A câmera chega parecer um pincel com tamanha leveza, mais o visual quase onírico e a densidade nas falas, criam um delírio de biografia, sendo extremamente poético. Captura com perfeição a alma do pintor, desde toda a sua dor até a sua expressão artística
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Um filme que curiosamente não é uma cinebiografia, mas um ensaio sobre a função da Arte e a relação do Artista com seu legado. Cada frame é uma pintura e a câmera muitas vezes faz um excelente trabalho em nos colocar na perspectiva e na mente de Vincent. Willem Dafoe entrega uma performance cativante e memorável. Julian Schnabel fez uma declaração de admiração de um artista para outro. (Curiosamente, o diretor também é um pintor) Uma obra com beleza em cada aspecto e que merece ser visto.
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Focado na loucura de Van Gogh, já começa em sua viagem para o campo e fica todo em seu desorientamento e frustração constante por não alcançar a fama que desejava - justificada, seus borrões modernistas são à gostos bem separados. Cena enorme com Mads.
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A chatice e o marasmo fazem parte do ingrediente (diria até q necessário) p mostrar a reclusão e os conflitos da mente de um gênio. Bela atuação e belas imagens de uma França rural, mas não assistiria novamente.
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Nítidamente busca concentrar sua força nos momentos em que o pintor está a trabalhar, sublimando suas imagens a todo momento, elevando um simples exercício do artista à um nível onírico que se encaixa muito bem nessa homenagem a ele, assim como à pintura.
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Abdica do convencional para focar na subjetividade de Van Gogh, uma decisão que rende belos e doídos momentos, e tem dedo do lendário Carrière nessa escrita. Dafoe, por sua vez, está sublime em cada gesto e olhar.
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Dafoe é a grande força motriz, mas não necessita de carregar uma essência nas costas. Volta e meia o cinema cede ao olhar de um artista, de uma outra mente, na tentativa de desbravar um mundo que pode ser visto de outra forma. A História sendo sensorial.
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No limite da loucura e da genialidade, da incompreensão e das contradições de um mundo que não é seu. Um retrato bastante sensível de um momento específico da vida do pintor.
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Interessante como Julian Schnabel nos dá sempre a visão do artista, alternando lindos belos planos que são mostrados como a inspiração de Van Gogh e planos minimalistas do artista cru. E Dafoe nos brinda com outra excelente performance de sua carreira.