É preciso reconhecer que esse remake merece aplausos por atualizar um clássico do terror de forma criativa e ousada. Embora o novo Chucky não explore de modo amplo o potencial da voz tenebrosa de Mark Hamill, o uso da tecnologia é interessante o suficiente para tornar esse filme em uma experiência que não se cola excessivamente no original.
Show de bizarrices mal torneadas e rasas que nem a mais profunda das nostalgias é capaz de salvá-lo. A magia negra do original foi substituída por um bug maluco e pouco explicado. Ou seja, impossível de ser levado a sério... Fora de foco, descontextualizado e bruscamente desnecessário...
Esse novo Chucky dialoga muito bem com a realidade dos dias de hoje e toda essa coisa de tecnologias. Mesmo que seja apenas um produto para o entretenimento e não passe da fórmula pronta qual estamos acostumados, se você for um fã do gênero, ou um saudosista, vale bastante a pena.
Por mais repetitivo que seja, não consigo não amar o Chuck, quanto mais feio e horripilante fica, mas eu o adoro, todo aquele sangue exagerado, situações bizarras, crianças fofas, amo muito tudo isso... Nesse remake o diferencial fica por conta de versão Google, a empresa Kaslan, que conecta bonecos e dirige carros, domina o mundo, Chuck sempre divertido e insano...
Apesar da completa falta de sentido do roteiro, que não pé nem cabeça, fico feliz com o fato de os realizadores ainda reconhecerem que o personagem não assusta mais, e fazer um filme completamente preso ao terror, sem brincar o nonsense e com o humor, daria origem a um fracasso anunciado. Portanto, para além da ausência de lógica e de uma matéria realmente assustadora, consegue divertir ligeiramente, jogando com a tecnologia e com o caos descomprometido que vai sendo construído até o fim.
Possui alguns bons momentos que funcionam, tem atmosfera, o filme é curtinho e não é entediante. Só achei desnecessário encarar como um remake do original, usar os nomes Chucky/Andy, as roupas etc, sendo que as semelhanças param por aí. Esse filme sobreviveria sozinho tranquilamente, pois em nenhum momento lembrei que estava vendo um filme do Brinquedo Assassino, mas de um novo personagem robótico de motivações até simpáticas. No fim, é um bom entretenimento rasteiro.