Lupas (28)

Vinterberg reforça porque é um dos melhores diretores atuais com um filme que constantemente te pega no contra pé. As escolhas são corajosas e ele aborda os temas delicados com uma leveza, mas também mostrando repercussões profundas. Sempre querendo balancear entre um despojamento juvenil e um senso de repercussão da vida adulta e suas definições. O filme consegue balancear isso perfeitamente e entrega um final genial. Uma grande celebração da vida, das amizades e do amor próprio.

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Obra prima do Vinterberg! Nunca tinha visto o álcool tratado no cinema com tanta profundidade, sobriedade (com o perdão do trocadilho) e de forma tão original. Quem curte uma birita, como eu, e leva o assunto a sério, vai ter a chance de ter boas reflexões. Além disso, a questão do alcoolismo é mto parte da cultura dinamarquesa. Fora as reflexões, a história é super envolvente e os personagens mega carismáticos, c/destaque pro Óclinhos, melhor personagem do filme kkk. Desde já, clássico absoluto

O Vício Destrói o Homem e Parte sua alma ao Meio.

Meio que um prelúdio de Husbands de Cassavetes. Um filme sobre o despertar da vida e ao mesmo tempo sobre auto sabotagem que existe em todo ser humano que se atreva a viver. Deu uma vontade de fazer o experimento.

Abordar a jovialidade na fase adulta, numa estabilidade que pode ser confundida com estagnação na vida desses amigos professores, que tem a missão de prenderem a atenção, de conquistarem os jovens a cada dia é um tema extremamente cativante. E usar um método como se embebedar pra recuperar esse espírito e confiança, fazem dessa obra um belíssimo estudo sobre demonstrar uma tentativa desesperada de resgatar 'a nossa melhor versão', com as consequências inclusas e, enfim, a liberdade no desfecho.

Amparado em uma premissa bizarra - é necessário compensar um déficit de álcool no organismo para se manter em melhor forma - divide suas atenções entre quatro professores. Contudo, é sobre Martin que o foco está mais tempo, em uma composição acertada de Mikkelsen, novamente em parceria com Vinterberg. São dele as grandes cenas do filme, espalhadas em momentos não tão envolventes, numa queda de fôlego que só é retomada na reta final.

Um filme sobre "despertar", estar "acordado", uma grande celebração à vida. Um experimento inusitado ajuda um grupo de amigos a saírem do transe desgastante do dia a dia, mostrando novas possibilidades para suas vidas. Uma tragicomédia que não poderia ter vindo em melhor hora, após esse 2020 desastroso. Vinterberg volta com tudo e faz seu melhor filme desde "A Caça", Mads Mikkelsen traz sua melhor performance em anos. "What a life, what a life, what a beautiful, beautiful ride"