Oficialmente abrindo as portas do UCM (Universo Cinematográfico da Mônica), o que antes tinha um foco maior numa aventura fechada agora expande os horizontes dos quadrinhos com diversas entradas felizes de personagens icônicos e entrosados na narrativa, bem mais introspectiva e com mensagem trabalhada para todas as idades. Uma obra sobre amadurecimento tanto da história como dos bastidores.
Carisma e fofura em altas doses permeiam mais uma historinha de uma turma querida que muitos brasileiros aprenderam a amar na infância. Dá vontade de voltar as ler os gibis e se deliciar de novo com todos os personagens em suas peripécias. O quarteto central é super afinado e reafirma o quanto foram boas escolhas nos testes.
Coisas que achamos quando crianças e, erroneamente, deixamos de achar quando adultos: os nossos verdadeiros amigos são indispensáveis e insubstituíveis.
É bonitinho e tudo mais, só que, ao menos pra mim, não passa de um novelinha infantil, restrito a crianças e pré adolescentes. Mas tem seus méritos, especialmente pelo roteiro e simpatia das crianças. Bem melhor que a média nacional.
- 95º filme de 2.022: visto em 15/03 (o 04º filme nacional do ano; o 07º filme do ano visto no Amazon Prime Video)...
- Obra prima...
- Consegue ser ainda melhor do que o primeiro filme, principalmente pela sensibilidade que o diretor Daniel Rezende trabalha os temas do filme e pelo quarteto de protagonista estar ainda mais à vontade e confortável no papel, especialmente a Laura Rauseo (a Magali), muito natural e espontânea pra quem ainda está no segundo papel! Vale várias sessões...
A Turma da Mônica é um dos raros produtos de entretenimento genuinamente nacional que está enraizada na nossa cultura. Mônica, Cebolinha, Cascão e Magali mais que personagens se transformaram ao longo das décadas em adjetivos, substantivos que futuramente terão verbetes nos dicionários. Quando alguém diz: "Você é um Cascão", p.ex, todos entendem sem maiores explicações. Logo, é muito prazeroso, ver este patrimônio nacional ser tão bem tratado em tela em um filme competente e sobretudo, tocante.
Mesmo contando com momentos piegas, essa continuação consegue se sair melhor do que o primeiro filme, muito por conta do trabalho de direção com as crianças, que estão adoráveis!! Além disso, temos aqui um roteiro super redondo, com realmente algo a dizer. "Olhe para a arte", "É possível crescer sem deixar de ser criança", fora o ápice emocionante. Além de tudo, muito fã service. Um lindo filme.