É difícil se conter para não aplaudir de pé, com um sorriso de orelha a orelha, cada vez que se assiste à Casablanca!
Ambientado e gravado durante a primeira parte da II GM (início do domínio alemão na Europa e norte da África), o filme tem como pano de fundo a cidade litorânea de Casablanca, em Marrocos, possessão francesa na África, ponto de parada e rota de fuga para Lisboa-América, àqueles que desejam evitar os nazistas, dominadores de uma Europa amedrontada, adquirindo “salvo-condutos”, negociados a peso de ouro naquela localidade.
Neste fim de mundo, nos deparamos com Rick, dono de um bar que permanece neutro diante do domínio alemão e do sofrimento alheio. No entanto, em mais uma noite aparentemente tranqüila no seu estabelecimento, ele ouve seu pianista tocar uma canção há muito esquecida e encontra Ilsa, o grande amor de sua vida, agora acompanhada por um líder da resistência. Então, mesmo sem querer, ele acaba tendo que se envolver nesta difícil situação política.
Com diálogos inteligentes e interpretações convincentes, o roteiro ágil (premiado com o Oscar) encanta a cada cena memorável e nos brinda com momentos mágicos, como o diálogo de Ilsa com o pianista, no qual ela diz uma frase das mais lembradas do cinema: “Play Sam!”, ou no duelo de hinos nacionais (alemão e francês) no bar.
Embalado por uma trilha sonora belíssima e tendo uma fotografia igualmente perfeita, o filme ainda possui uma montagem bastante dinâmica e de fácil assimilação por qualquer tipo de público.
Parafraseando Victor Lazlo, ao dizer que “desta vez sei que nosso lado vencerá!”, pode-se concluir que Casablanca constará sempre em qualquer lista dos melhores filmes já produzidos e terá um lugar especial no coração de cada cinéfilo.
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