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Morreu nessa quarta-feira 23 de janeiro o ator Caio Junqueira, internado desde o dia 16 no Hospital Miguel Couto após sofrer um grave acidente de carro no Aterro do Flamengo. Tinha 42 anos ao vir a óbito.

O ator era carioca, nascido em 15 de novembro de 1976 e atuava desde os nove anos de idade. Em 2004, teve seu primeiro papel de destaque como o abolicionista Geraldo no remake de A Escrava Isaura.

No cinema, participou em papéis menores em dois filmes brasileiros reconhecidos internacionalmente: O Que é Isso, Companheiro? (1997) e Central do Brasil (1998), dois dos quatro filmes brasileiros indicados ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro ao lado de O Pagador de Promessas e O Quatrilho.

Porém, o papel que marcaria sua carreira viria ao ser escalado por José Padilha para ser o "aspira" Neto Gouveia em Tropa de Elite (2007), onde foi um dos três protagonistas ao lado de Wagner Moura (Narcos) e André Ramiro (Última Parada 174). O longa ganhou o Urso de Ouro em Berlim.

Mais recentemente, Caio havia reprisado a parceria com o diretor José Padilha na série da Netflix O Mecanismo, onde interpretou o empresário corrupto Ricky, além de ter atuado como Simão Pedro na série e no filme Milagres de Jesus, da Record.

O diretor dos filmes Tropa de Elite lamentou a morte em entrevista ao Globo: "Caio era um amigo querido e um ótimo ator. Inteligente, engraçado e capaz de ser superdramático, como no Tropa 1".