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A competição de Tiradentes 2020

A primeira e mais importante parte da seleção da Mostra Tiradentes acaba de ser anunciada. A Aurora, principal competitiva do mostra mineira, vitrine maior da cinematografia de autores jovens do país, chegou chegando com 8 títulos, mais do que o número habitual e com isso a prova de que nosso cinema está a plenos pulmões, apesar de todos os ataques e tentativas constantes do governo de nos desacreditar internamente, a 23a. edição vem retrucar essa falácia com muita disposição.

Os curadores Francis Vogner dos Reis e Lila Foster selecionaram filmes de Minas Gerais, São Paulo, Ceará, Brasília e Goiás para abrilhantar a tenda principal do evento entre os próximos 24 de janeiro e 1 de fevereiro. Seguindo a temática do ano, 'A Imaginação como Potência', os dois buscaram documentários e ficções que se arvorem pelas narrativas sedentos de fabulação, ainda que com os pés fincados no naturalismo e na realidade que nos cerca. 

“O interessante da temática de Tiradentes em 2020 é que, mesmo bastante ampla, ela abre vetores muito específicos da nossa imaginação pública e da nossa imaginação política. Ela nos permite olhar para o que a arte propõe enquanto reinvenção do real e do mundo”, diz Lila Foster, uma das curadoras. “São vetores de uma perspectiva poética sobre como lidar com a invenção cinematográfica e com o que ela formula. Não só sobre o mundo tal como ele é, mas também através de outras percepções do que ele poderia ser, deixando de lado a ‘fidelidade’ a um suposto realismo para ir ao encontro das possibilidades de imaginação”.

Para Francis Vogner, todos estes longas-metragens se aproximam “na cosmopoética de outros tipos de abordagem de elementos identificáveis como pertencentes a um suposto realismo”. Nenhum deles, portanto, usa o real como camisa de força, e sim como ponto de partida para a proposição de reconfigurações.

Alguns nomes já conhecidos do nosso cenário, como os de Dácia Ibiapina, o ator Renan Rovida, o fotógrafo Bruno Risas, e Petrus de Bairros, darão as caras com seus longas na competição pelo Troféu Barroco, além de competirem também por troféus de parceiros do festival.

O júri oficial também já foi escolhido para o evento, e fazem parte dele o professor, pesquisador, crítico de música e cinema e produtor Bernardo Oliveira (RJ); a professora, pesquisadora e performer Cíntia Guedes (RJ); a professora e pesquisadora Cláudia Mesquita (MG); o crítico de cinema Luís Soares Júnior (PB); e a pesquisadora e professora Patrícia Machado (RJ).

Breve, a seleção completa será revelada (os curtas, as sessões especiais, as mostras paralelas) e o Cineplayers trará aqui também os próximos títulos. Abaixo, os longas da Mostra Aurora:

Cadê Edson?, de Dacia Ibiapina (DF) 

Cabeça de Nego, de Deo Cardoso (CE)

Canto dos Ossos, de Jorge Polo e Petrus de Bairros (CE)

Mascarados, de Marcela e Henrique Borela (GO)

Natureza Morta, de Clarissa Ramalho (MG)

Ontem Havia Coisas Estranhas no Céu, de Bruno Risas (SP)

Pão e Gente, de Renan Rovida (SP)

Sequizágua, de Maurício Rezende (MG)

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