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Game of Thrones - S05E03 - The High Sparrow

Bruno Marise:
Agora sim. A temporada finalmente começou! Pudemos testemunhar a preparação de Arya para se tornar uma Faceless Man. A cena da garota jogando os pertences na água foi bastante simbólica e representou o enterro da menina nobre, lady de Winterfell, ainda que ela não tenha conseguido cortar totalmente seus laços fraternos e escondendo a Agulha, presente de seu irmão. Os roteiristas não perderam tempo em desenvolver o relacionamento entre Tommen e Margaery e o casamento já foi consumado. A agora Rainha conseguiu o que pretendia com Joffrey e usando seu poder de sedução deixou o garoto completamente apaixonado, já começando a mexer os pauzinhos para que o rei se livre de Cersei. O diálogo entre as duas, transbordando ironia, foi um dos melhores da série até agora. Jon Snow, que mal assumiu a cadeira de Lorde Comandante, já teve que lidar com um problema enorme e fazer valer a lei de Castle Black, decapitando Slynt, que desobedeceu à uma ordem direta. Kit Harrington tem evoluído como ator, e o conflito entre seu bom coração e o pulso firme de um Lorde Comandante ficaram evidentes, ainda mais com o condenado suplicando por piedade e chorando como uma criança. E Sansa não consegue ter paz: Tentando se aproximar de Roose Bolton, Baelish prometeu sua sobrinha em casamento com o sádico Ramsey. Mindinho só convenceu a garota a aceitar o trato afirmando que  era a única maneira de conseguir ganhar a confiança do atual lorde de Winterfell e vingar a morte de Robb e Catelyn.  Para os que estavam sentindo falta dos cliffhangers de cair o queixo, valeu a pena esperar: Tyrion  conseguiu convencer Lorde Varys a sair da carruagem e dar uma volta por Mereen, e acabou capturado em um bordel por Jorah Mormont, que não dava as caras desde que foi expulso da corte de Daenerys. A julgar pelo que foi exibido até aqui e os teasers dos próximos episódios, tudo indica um meio de temporada eletrizante, com a guerra civil entre Filhos da Harpia e ex-escravos explodindo, a batalha entre os homens de Jamie e Dorne, para levar Myrcella de volta a Porto Real, os planos de retaliação de Sansa, a conclusão do treinamento de Arya e a batalha pela retomada de Winterfell.

Bernardo Brum:
Diferenças entre série e livro já existem nos primeiros cinco minutos de seriado, então é algo a já estar habituado a essa altura do campeonato. Não só são duas mídias diferentes mas também tem interesses diferentes de abordagem. Dito isto, impossível não comentar o retorno de Sansa a Winterfell, que reacende a mitologia do Norte que primeiro chamou a atenção dos espectadores: as casas primordiais do continente, ainda relacionada com o paganismo, com a honra e a dureza - caso que também se aplica aos primeiros dias de Jon Snow como o Lorde Comandante, que aplica agora uma das primeiras lições de Eddard Stark no seriado. E o contrário do que vemos de lugares mais seculares, populosos e decadentes, como o sul de Westeros, em crise de moralização expressada pela apresentação do “Alto Pardal” - Jonathan Pryce fazendo um papel de figura religiosa eminente, que prega a humildade, a solidariedade e o cumprimento das leis dos Deuses, cujo movimento de revitalização da Fé dos Sete concede conforto a uma Westeros destruída e miserável após A Guerra dos Cinco Reis - e em Meereen, onde a confusão que Tyrion conhece é uma verdadeira salada de uma sociedade que está se reconstruindo - o movimento abolicionista de Daenerys, os cultistas do Deus Vermelho R’hllor, os mercenários vindos de toda a parte do mundo… De tão rico e variado, com tantas características e ganchos, é de se esperar que o continente de Essos continue a ser abordado mesmo após Daenerys resolver liderar sua grande invasão ao seu continente natal.

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