Apesar de eu desconhecer a obra em que foi baseado esse filme, segundo fontes, muito do livro está bem modificado no filme, porém como o próprio autor da obra original, Pierre Boulle, participou do roteiro, então certamente que a fidelidade deve ter sido mantida, concluindo, meu comentário será estritamente ao filme.
Se passando no ano de 3978, no planeta dos macacos vive uma civilização de símios evoluídos cuja época é equivalente à idade média de nosso tempo, com o planeta ainda não explorado totalmente, cujas áreas não descobertas, os símios chamam de zona proibida. Os macacos já possuem o domínio da pólvora, mas ainda não inventaram veículos aéreos e a religião é predominante, onde ela tenta fazer com que a ciência não evolua, pois fiéis são mais fáceis de domar do que pessoas descobrindo verdades obscuras através da ciência.
George Taylor (Charlton Heston), o personagem principal, é um astronauta que tenta sobreviver no planeta dos macacos e tem a ajuda de um casal de símios defensores da ciência. Brilhante a cena em que o casal de símios teoriza sobre a evolução num julgamento de Taylor, enquanto três macacos autoridades, um deles tapa os ouvidos, outro os olhos e o outro a boca.
Charlton Heston, na época, recém ganhador do Oscar de melhor ator por Ben-Hur, no início do filme fica sem falar devido a um tiro levado por um macaco, voltando a falar numa cena em que choca a todos os símios. Não é seu melhor papel aqui, porém é uma interpretação que não incomoda.
Filmado em Hollywood, mais precisamente em Malibu, a fotografia de Leon Shamroy não só é bela pela qualidade fotográfica, principalmente no início nas cenas do deserto, quanto pelos movimentos de câmera espetaculares.
Tendo gerado diversas continuações e séries, este é considerado o melhor filme da coleção.
Feito na mesma época que “2001: Uma odisséia no espaço”, apesar de não ter o mesmo nível de qualidade, porém é um grande filme de ficção científica.
Foi indicado ao Oscar de figurino e trilha sonora, no entanto há um detalhe interessante: na época ainda não existia Oscar por melhor maquiagem, que com certeza ganharia.
A cena final responde a pergunta de muitos que fizeram durante o filme: o planeta dos macacos não seria a própria Terra?
Usando uma teoria muito interessante, onde inclui a Guerra Fria presente na época que causava seu medo nuclear, é simplesmente maravilhoso este filme.
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