Se a franquia ''Transformers'' (pelo menos os dois últimos filmes) são considerados, hoje, como o símbolo de tudo o que há de completamente errado e toda a bobagem que temos dos blockbusters mais recentes, o diretor Michael Bay, aqui em seu novo projeto ''Transformers: A Era da Extinção'' prova o que já disse numa entrevista recente: eles faz os filmes para seus fãs. Portanto, o cineasta tem a capacidade de simplesmente repetir exatamente os mesmo erros cometidos e duramente criticados nos seus projetos anteriores. O resultado é uma experiência quase que torturante.
A conspiração política extremamente mal trabalhada, os personagens rasos, o humor absolutamente infantil, os diálogos estúpidos, a ação exagerada, Michael Bay faz a mesma bomba pela quarta vez. A diferença aqui é Mark Wahlberg, que mesmo que se demonstre bem mais carismático que Shia LaBeouf e basicamente salve a meia hora inicial (que é moderadamente divertida, aliás) pouco pode fazer quando o filme foca na trama principal, e esse é o momento que o filme desaba.
A quantidade de informações jogadas para o espectador é absurda, o resultado é uma trama confusa e desinteressante. A trama, aliás, desnecessariamente inchada. São inseridos dezenas de personagens e vilões ao longo do filme, e novas histórias são contadas, e com isso o filme vai ficando cada vez maior, e claro, cansativo. A parte ''dramática'' do filme, se resume basicamente ao relacionamento de Mark Walhberg mal resolvido com sua filha, e com o estúpido e covarde namorado.
A parte visual, porém, é um show a parte. Com um excelente uso de cores e uma bela fotografia, Michael Bay ainda dispõe de um ótimo 3D, que se justifica logo na primeira tomada do filme. Com exceção a isso, ''Transformers: A Era da Extinção'' é um festival de bobagens.
Os diálogos horrorosos, o humor ofensivo, a falta de interesse qualquer com os personagens, temos aqui simplesmente mais uma amostra da falta de vontade de Michael Bay em fazer um bom filme. E em um filme com tanta idiotice e besteira, robôs dinossauros (!) aparecerem nos minutos finais acabam soando como algo até divertido e interessante, e quando isso é um bom elemento em um filme, algo está MUITO errado.
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