É importante começar a falar de “Chloe” como o filme “Chloe”, ou seja, por mais que seja uma refilmagem de “Nathalie X” o filme é um projeto único, novo a partir da vontade de concebê-lo. Por mais que história contata seja a mesma, ela sempre será diferente. Ruim ou melhor, quem sabe? O cinema conta e reconta histórias a todo o tempo. Realmente o filme não é uma obra-prima. Comparar a matéria original com seu fruto é inevitável, falha no roteiro, nas atitudes dos personagens são sentidas sim. Mas como já acrescentei, estamos avaliando “Chloe”. O filme remete a um ar elegante e sexy desde o princípio. A narração de Amanda Seyfried junto as imagens da mesma são muito bem realizadas. Gostei muito da sutil trilha sonora que poderá ser sentida no fim do filme. Por mais que nos questionemos sobre as atitudes e pensamentos da personagem de Amanda, creio que a intenção de Atom Egoyan justamente fora esta, não entendermos os personagens. Assim como as dúvidas que cercam a personagem de Julianne Moore, que não sabe lidar com seu filho, suas inseguranças, suas dúvidas e incertezas, mesmo sendo uma ginecologista, que paradoxalmente deveria entender o universo feminino. Prova dessa insegurança desmedida é a relação que desenvolve com a personagem de Amanda. A polêmica cena das protagonistas realmente é ousada. As duas saem muito bem em uma ocasião que poderia ser mais uma vulgaridade por aí. A experiência de Moore e a coragem de Sayfried tornam a cena incrível. Imagino a dificuldade de execução da tomada. O personagem de Liam Neeson é o menos explorado, mas não se saiu mal, em uma atuação correta. Vale lembrar, que em meio as filmagens, sua esposa Natasha Richardson faleceu tragicamente. Por mais que não atenda as expectativas que o filme cria no início, ficou a impressão que poderia ser melhor. Infelizmente.
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