A odisseia de Christopher McCandles em busca da liberdade, da nutereza e de um modo de vida simples, é tão extraordinária quanto chocante para uma época onde as pessoas não vivem sem tecnologia, bens materiais e tudo que consideramos normal.
Esta sensacional história transformou-se em um belíssimo filme pelas mãos de Sean Penn, que além de excelente ator é um talentosíssimo diretor, aqui também foi o responsável pelo roteiro, adaptando o ótimo livro de Jon Krakauer.
Emile Hirsch (Christopher McCandles) entrega-se ao personagem de uma forma tão sensacional, que esquecemos que é um ator. Simplesmente brilhante e uma das melhores atuações que vi recentemente.
Excelentes atores interpretaram as pessoas que fizeram parte da vida de Christopher, são eles:
William Hurt (Walt McCandles), Marcia Gay Harden (Billie McCandles) e Jena Malone (Carine McCandles), fizeram a família em constante comflito de forma totalmente convincente.
Brian H. Dierker (Rainey) e Catherine Keener (Jan Burres), excelentes como o casal hippie que serve como uma família temporária para Christopher.
Vince Vaugh (Wayne Westerberg) em raro papel sério, Kristen Stewart (Tracy Tatro) antes da saga Crepúsculo e o veterano Hal Holbrook (Ron Franz) em pequena, mas magnífica atuação.
Com visual arrebatador, o diretor de fotografia Eric Gautier soube tirar proveito de vários ângulos as sensacionais paisagens mostradas ao longo do filme.
A trilha sonora é linda e perfeita, os três responsáveis por ela são: Michael Brook, Kaki King e Eddie Vedder. Mas a presença mais evidente é de Vedder com canções lindas e inesquecívels, como “Rise” e “Guaranteed”.
O filme foi indicado apenas para dois Oscars, os de Edição e Ator Coadjuvante (Hal Holbrook), um verdadeiro descaso com uma obra extraordinária e cheia de qualidades.
Muito admirado, o filme já merece ser chamado de clássico e com certeza será um dos mais importantes da filmografia do diretor/produtor e roteirista Sean Penn.
Vergonha alheia.