O Lobisomem
Refilmagem do clássico de George Waggner aposta sem sucesso no terror do CGI.
O Lobisomem juntamente com o Drácula e os vampiros são seres tão fascinantes que vez ou outra aparecem nos cinemas revigorados pelos avanços dos efeitos especiais. Sendo as lendas desses monstros conhecidas por todos, é justamente nesse ponto que o filme “O Lobisomem” falha: em não acrescentar nada de novo ou, pelo menos, de dar uma nova roupagem ao mito como Francis Ford Coppola fez em “Drácula de Bram Stoker”.
O Diretor Joe Johnston dispondo de avançados efeitos especiais nos apresenta a estória de Lawrence Talbot (Benicio Del Toro), um ator que retorna a sua cidade natal após receber a notícia do brutal assassinato do seu irmão. Ele revive conflitos com o pai Sir John Talbot (Anthony Hopkins) enquanto investiga a morte do irmão.
Bastante limitado pelo roteiro, Hopkins oferece uma atuação aquém do esperado. Incoerente, John Talbot é frio o suficiente para não demonstrar um sentimento de tristeza em relação à morte do filho, ao mesmo tempo em que guarda um remorso pela morte da esposa. Hopkins não consegue definir bem o seu personagem, nem quando se apresenta como “vilão” ele convence.
Seguindo uma pista em um acampamento de ciganos, Lawrence sofre um ataque do monstro recebendo a maldição do lobisomem. Ele se recupera sobre os cuidados da mulher do irmão, Gwen Conliffe (Emily Blunt). A aproximação entre eles cresce sendo impedida pela lua cheia quando a fera dentro de Lawrence toma forma. Após a noite, já em seu estado humano Talbot é internado em um sanatório pelo inspetor Abberline (Hugo Weaving).
Já que não se pode contar com os atores (Emily Blunt é limitada e Del Toro realiza um desempenho razoável) e com o roteiro, o filme tenta se sustentar no CGI, principalmente após a fuga de Talbot do sanatório. Joe Johnston usa e abusa do sangue e das vísceras exposta o que não contribui muito para o filme. Apesar de bem feito, as transformações não impressionam, o monstro não assusta. Quanto a boa fotografia, ela dá ao longa um tom sombrio retratando bem a Inglaterra do séc. XIX.
O suspense do filme é fraco e o terror se resume à sustinhos curtos e previsíveis. O filme “O Lobisomem” não oferece nada de novo ao gênero, nem honra o clássico de 1941.
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