Lupas (1823)
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Tem a estética clássica com o discurso mais moderno, porém carece de mais paixão, emoção. A encenação sobressai e o carisma se perde, deixando tudo operante e pragmático. Mesmo o domínio cênico de Spielberg pouco inspira. História longa e, ainda assim, superficial.
Guilherme Algon | Em 08 de Março de 2022. -
A primeira metade é um show de análise da masculinidade e do nível de ridículo que o arquétipo do machão carrega. Depois, descarrila num surto a lá 'Esqueceram de Mim' com uma glorificação descaradamente incômoda às armas e violência. Se queria chegar em algum lugar discursivo com isso, nem faço ideia. Mas que divertiu pra cacete, difícil negar.
Guilherme Algon | Em 04 de Março de 2022. -
De atmosfera densa, causa um desconforto que enrosca na barriga e contorce as expectativas. Mesmo sendo um tanto parado e sem inovação no discurso psicológico, é uma lufada pesada para o gênero, sabendo justificar seus atos e escolhas.
Guilherme Algon | Em 02 de Março de 2022. -
As provocações chegam mais ao cômico do que a crítica, porém não deixa de gerar interesse com uma boa análise das distorções da fé, geradas pelo poder.
Guilherme Algon | Em 02 de Março de 2022. -
Cenas descartáveis, situações chatas, romantizações problemáticas. PTA sempre foi um esteta da aleatoriedade, mas aqui desanda num nível... O tom de reverência inocente a tudo que não tem nada de inocente faz querer tomar distância da tal nostalgia.
Guilherme Algon | Em 02 de Março de 2022. -
O recurso da animação e a forma com que se estrutura orna bem com a narrativa, num misto de adaptação fictícia e um quase cinema direto, resgatando aos poucos memórias turvas, omitidas pelo trauma. Retrato particular que, de diversas maneiras, abraça o todo.
Guilherme Algon | Em 25 de Fevereiro de 2022. -
Uma direção que sabe interferir na decupagem sem deixar de valorizar o primor do elenco, em um texto mais do que bem conduzido. Seja na exploração do espaço, na abordagem da câmera ou em escolhas instigantes de montagem, é uma aula de composição palpável.
Guilherme Algon | Em 23 de Fevereiro de 2022. -
O ambiente parece assumir o protagonismo, de forma quase natural. O fluxo de personagens, alguns com mais desenvolvimento, outros com apenas uma ponta de curiosidade, convergem em especulações de passados, ambições e anseios para culminar na máxima: ninguém aguenta mais essa lógica em que vivemos.
Guilherme Algon | Em 23 de Fevereiro de 2022. -
Jornada simples e direta, porém trabalhando nuances do protagonista que se expandem para o contexto, com um conflito entre racismo e poder que rende grandes momentos.
Guilherme Algon | Em 21 de Fevereiro de 2022. -
A subversão das expectativas é até interessante, mesmo quando cafona. Afinal, não é sobre vingança. Quer dizer, meio que é. Se bem que podia...
Guilherme Algon | Em 15 de Fevereiro de 2022. -
É a estética e conceito acima da história. Não vemos personagens, vemos atores. Não vemos trama, vemos texto decorado. Não vemos drama, vemos encenação. Mesmo a imersiva técnica visual e sonora peca em ritmo e falta de contemplação. Impressionado em como uma composição tão icônica pouco me marcou.
Guilherme Algon | Em 14 de Fevereiro de 2022. -
Mais um estudo de personagem subjetivo, gradativo, que nas sutilezas trabalha com destreza na construção de contexto e discurso. Entre diálogos banais e desabafos, há um furor de emoções que mal podemos medir. Belo retrato de adolescência e trauma, que escapa de típicos arquétipos e clichês narrativos.
Guilherme Algon | Em 10 de Fevereiro de 2022.