Lupas (81)
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É interessante como no cinema de Coppola o esgotamento de qualquer perspectiva ou significado é simultâneo a pulsantes desejos, paixões e expectativas. A morte torna-se um evento orgânico e mesmo previsível, embora não menos marcante e trágico.
Luís F. Beloto Cabral | Em 22 de Fevereiro de 2017. -
Em face à crise existencial da Geração X após as transgressões da contracultura, Disney atualiza Shakespeare em uma fábula evocativa e muito bem estruturada sobre o ciclo da vida. Conservador mas talvez o filme mais realista sobre a juventude noventista.
Luís F. Beloto Cabral | Em 22 de Fevereiro de 2017. -
Num momento em que o cinema comercial (ou somente ele?) parece ter horror capital à duvida, Scorsese investe deliciosamente na estilização e ambiguidade, evocando Hitchcock, Kubrick e Bergman além do próprio gênero noir dos anos 50.
Luís F. Beloto Cabral | Em 22 de Fevereiro de 2017. -
Destaca-se pelas sutis transgressões de gênero: o vestir-se de homem ou vestir-se de mulher torna-se uma busca por redenção e identidade além de uma estratégia de guerra, ganhando uma conotação bastante positiva.
Luís F. Beloto Cabral | Em 11 de Fevereiro de 2017. -
O filme ganha força não tanto na exposição da crueldade mas principalmente nos closes profundos sobre Saartjie, reveladores de uma personalidade multifacetada que transita entre a melancolia, a revolta e a resignação.
Luís F. Beloto Cabral | Em 30 de Janeiro de 2017. -
A memória é o caminho para nossa imortalidade e o intangível só é conquistado pelo tangível.
Luís F. Beloto Cabral | Em 24 de Janeiro de 2017. -
Talvez o primeiro filme Disney nos anos 90 em que se sente a mera execução de uma fórmula no sentido menos autêntico da prática, por mais que haja uma originalidade no trabalho de desenho e cor.
Luís F. Beloto Cabral | Em 16 de Janeiro de 2017. -
Ao contrário de Elsa e Anna, Moana é uma personagem que cresce: sentimos o seu amadurecimento ao longo da narrativa e nutrimos não só empatia como respeito pela garota (ou melhor, mulher).
Luís F. Beloto Cabral | Em 16 de Janeiro de 2017. -
Por incrível que pareça, Victor Hugo está ali: na atmosfera gótica arrebatadora, na poderosa trilha sonora e na mise-en-scéne das personagens e multidões nos enquadramentos amplos que celebram Notre Dame e a Paris medieval.
Luís F. Beloto Cabral | Em 14 de Janeiro de 2017. -
A mescla de rock'n roll e contracultura com os clássicos do gótico e do romantismo deixa tudo muito delicioso de se ver. As perversões e grotescos são a cereja do bolo.
Luís F. Beloto Cabral | Em 11 de Janeiro de 2017. -
Nossa maior identificação é com a mocinha virgem e casta do romance: Nosferatu é uma figura de tremendo magnetismo e nosso desejo clama pelo toque de sua sombra e pela penetração de suas presas.
Luís F. Beloto Cabral | Em 26 de Novembro de 2016. -
Mais do que um filme sobre um burguês louco: Despair é um filme sobre a arte de criar a loucura.
Luís F. Beloto Cabral | Em 22 de Novembro de 2016.