Como Conrado Heoli ressaltou: um filme extremamente desnecessário para a série. E isso resume basicamente tudo que pode ser dito sobre este filme, não que não fosse previsto que isso fosse acontecer, seu próprio antecessor teve os mesmos problemas, mas ainda sim o terceiro episódio da franquia conseguiu decair ainda mais um nível que já beirava o inaceitável.
Mas, vamos analisar os pontos. Underworld veio ao mundo não para representar um novo filme primoroso de terror/suspense, mas sim, para mesclar um movimento crescente no cinema americano: ação, efeitos especiais e histórias fantásticas. Estes itens associados a um filme ágil e com mudanças bruscas no rumo da história levaram os vampiros e lobisomens (criaturas constantes no cinema mundial) a um novo tipo de filme. O filme atingiu os objetivos de seus idealizadores, e até mesmo manteve um padrão de crítica positiva. Assim a seqüência surgiu, os poucos ótimos pontos do primeiro filme (tais como não mostrar todos os anciãos, ou não mostrar o que aconteceu no passado...) foram pisoteados, e outra grande sacada também caiu, o baixo custo. Assim Underworld foi de um filme pequeno, a um blockbuster americano não trazendo nada de novo a franquia, só mais um nó que não faz nenhuma diferença se não for visto.
È aí que entra o novo e último filme. Após a saída da grande estrela da franquia não tendo mais como falar sobre a personagem Selene, os criadores deste novo filme nos mostram a história já contada (e inclusive vista) por um interessante personagem do primeiro filme. Muitos cineastas preferem trabalhar todo um lado emocional ou conflitante entre as personagens quando o público já sabe o final da história, e nestes filmes você fica angustiado ou tenso mesmo já sabendo o final. Mas isso não ocorre de forma alguma com A Rebelião a história como foi contada pelo personagem no primeiro longa em apenas alguns minutos é levada a exaustão por longos noventa minutos.
Nenhum dos numerosos roteiristas conseguiu trabalhar o romance de maneira satisfatória entre os protagonistas. Michael Sheen tenta manter a superioridade de seu personagem, mas o que vemos é uma história fraca, que relembra historinhas de sessão da tarde. Assim o final já sabido vai só sendo esperado. Ao que parece se o roteiro não ajuda a saída foram as cenas de sangue A direção em momento algum esboça inovação ou talento muitas cenas são uma tentativa de se assemelhar a outros filmes de ação ou fantasia. E assim o filma aos poucos vai tentando trazer algo novo aos olhos do público mas nem seus maiores atores conseguem nada mais do que uma ficção já macerada e sem uma aura descente. Uma pena.
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