O que era tijolo e cimento ganha vida e narra sua própria história, a lenda do personagem múltiplo, ora físico, ora temporal, ora espacial, ora imaginário. Do inanimado Edifico Tupis, popularmente conhecido como Balança mas não cai o autor se mistura aos eventos e liberta dos escombros uma arqueologia delicada da poesia trágica da vida vivida com paixão, esperança e juventude. Sob o barulho de britadeiras evaporam os ruídos dos sonhos mais eróticos e libertários, perdidos no tempo. Os restos humanos e seus objetos perdidos esgueiram encantados e cheios de palavras e sentidos, deixando a marca transitória e resistente da existência.