"Não considero 'O Cavaleiro das Trevas' essa obra-prima que muitos falam ser"
Depois de três anos de intervalo, Christopher Nolan volta com seu “Batman – O Cavaleiro das Trevas”. Continuando a inserir um tom inovador para a estória, temos um filme bom, movimentado, mas um pouquinho inferior ao primeiro.
“O Cavaleiro das Trevas” conta a estória de Bruce Wayne (pseudônimo: Batman) e sua luta para acabar com a violência e a desordem na cidade de Gotham City. O filme continua com seu tom sombrio, e ainda mais realista, com um longa muito mais movimentado que o antecessor. Novos personagens entram em cena, consequentemente novos nomes famosos. Morgan Freeman e Michael Caine continuam no elenco. Christian Baile, o Batman, também permanece no elenco. Aqui temos a saída de Katie Holmes, que interpretava Rachel, que agora pertence à Maggie Gyllenhaal, que incorpora uma Rachel Dawes insossa. Outros dois novos nomes que se destacam é Heath Ledger (com seu louco Coringa) e Aaron Eckart com seu Harvey Dent, o Duas-Caras. Pronto, o elenco está maior, está melhor, a estória está mais movimentada. O filme é rápido, impressionante, tem uma carga de tensão enorme. E o que o prejudica é a sua rapidez, tornando o filme um pouco confuso, mas nada bicho-de-sete-cabeças. A única coisa que foi inferior ao outro, que ao contrário desse era mais calmo e contido, foi isso: a rapidez. Mas, para não ficar a impressão de que esse filme foi inferior ao outro, é melhor não compararmos, o que é um pouco difícil.
As atuações continuam ótimas. Os destaques do outro filme, também estão nesse. Mas um personagem e ator roubam a cena: Heath Ledger, com seu descontrolado e louco Coringa. Sem dúvidas, o destaque do filme, chegando a ofuscar os outros presentes em cena. Sua ironia e sua perversidade são de deixar qualquer um com raiva.
Apesar de mais ágil, como já citado, Nolan continua desenvolvendo muito bem seus personagens, para sentirmos suas emoções, e nos contagiar com a estória. As seqüências de ação não acontecem por acaso, e isso é importantíssimo, nos deixando ainda mais presos ao filme.
Os aspectos técnicos são excelentes. A fotografia apresentou uma evolução. A trilha sonora e a edição de som se superaram aqui, e cumprem com perfeição suas funções, principalmente nas contagiantes cenas de ação. Os efeitos especiais melhoraram um pouco, mas ainda não conseguiram me convencer. Assim como no antecessor, a equipe de efeitos especiais mostrou que não é boa em criar incêndios, fazendo um incêndio no hospital totalmente artificial, e que sinceramente, não me convenceu. Mas apesar dos efeitos especiais que deixam um pouco a desejar, vários aspectos tornam o filme excelente, como as atuações, a edição de som, que é perfeita, nos transmitindo a tensão da situação. Nolan, mais uma vez, mostra a sua capacidade em criar grandes cenas de perseguição, e aqui ele não faz feio. O carro de Batman, a moto de Batman, todos são muito bem usados nas cenas de ação, e mais uma vez repito, tudo com a excelente edição de som, que mereceu ganhar o Oscar de Melhor Edição de Som.
No geral, não considero “O Cavaleiro das Trevas” essa obra-prima que muitos falam ser; ainda está longe de ser, mas é um excelente filme, que deixa qualquer um contagiado, com sua estória bem contada, e uma excelente direção de Christopher Nolan.
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