Lupas (759)
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Excelente filme denúncia de Cayatte, explorando através de flashbacks toda a complexidade prática e moral em torno da investigação e condenação de três suspeitos de terem assassinado uma policial e uma criança, mantendo-se sempre envolvente (mesmo com mais de 2h de duração), onde nos é proposto decidirmos junto ao juri o que deveríamos fazer em relação à 3° figura envolvida. O final é surpreendente (revoltante também?), ótimo pra debates acalorados numa mesa de bar.
Daniel Borges | Em 22 de Julho de 2020. -
Só de ter Alain Delon, Ursula Andress e Toshiro Mifune juntos num faroeste já o torna impagável, liderados por um Charles Bronson impecável e carismático como sempre. Aqui tem assalto à trem, batalha contra comaches, jogo de gato e rato de interesses, reviravoltas, em uma mistura extremamente divertida com a ótima química dos astros, principalmente entre Bronson e Mifune, arrancando boas risadas. Ótimo passatempo envolvente do início ao fim.
Daniel Borges | Em 20 de Julho de 2020. -
Uma obra quase documental, seguindo os fatos históricos, as datas, e todos os detalhes que fizeram deste caso real um dos mais famosos e polêmicos da França, aqui um filme denúncia acima de qualquer coisa, com o diretor não se permitindo construir além disso.. e claro temos o grande Jean Gabin, que prazer poder assisti-lo atuando em um de seus últimos papéis (no ano seguinte ele faria outro filme de tribunal, "A Sentença", com Sophia Loren).
Daniel Borges | Em 19 de Julho de 2020. -
Com grande atuação de Delon indo da afetação do governador à seriedade de Zorro, esbanjando carisma no papel, este é um passatempo descompromissado que não se leva a sério hora alguma, com sequências com muita comicidade e longos duelos ensaiados, com Zorro descendo o sarrafo em dezenas de soldados das maneiras mais hilárias possíveis, impossível não se divertir. Tem suas incoerências, mas ainda assim o saldo é positivo.
Daniel Borges | Em 19 de Julho de 2020. -
Já que o mistério do plot é extremamente fácil de desvendar, cabe ao diretor nos 'enganar' ao trabalhar habilmente a construção de uma atmosfera sinistra, numa ótima ambientação que rende belos momentos, como a de Nath em sua primeira vez no bosque ladeado por absurdas rajadas de vento e uma trilha sonora opressora. Edward G. Robinson em uma grande atuação, completamente perturbado e metendo medo com sua presença já garante a sessão.
Daniel Borges | Em 15 de Julho de 2020. -
A melancolia dos personagens num ambiente despedaçado e em reconstrução moral, filmado por Carol Reed com uma técnica soberba, os contrastes de luz e sombra aqui atingem o máximo da estilização (a aparição de Orson Welles é a personificação disto), que aliás rouba o filme pra si nas poucas oportunidades que aparece. Todo o cinismo, o drama e o mistério fazem deste uma grande obra-prima do cinema noir!
Daniel Borges | Em 12 de Julho de 2020. -
Mesmo eu gostando de exploitations de baixo orçamento e todas suas limitações, esse desapontou na história e seus estranhos personagens, mais incoerente que o normal para essas produções. Ao menos temos boas doses de violência e sexo, com o final despirocado de sempre garantindo a diversão com reviravoltas bizarras.
Daniel Borges | Em 09 de Julho de 2020. -
O seu visual colossal é um dos mais impressionantes já realizados na história do cinema, com cada detalhe sendo arquitetado pelo perfeccionismo de Visconti, com a fluidez de cada movimento de câmera nos transportando para uma Itália em profunda transformação social, por 3h você se vê mergulhado neste ambiente, com os personagens, seus desejos, medos...Que atuação perfeita de Lancaster, provou ao diretor que era muito mais que um 'gângster americano'. OBRA-PRIMA!
Daniel Borges | Em 09 de Julho de 2020. -
Muito bom ver Christopher Lee desenvolver melhor seu icônico papel, em vista que nos filmes da Hammer ele mal falava (quando falava!), espaço esse dado por Jéss Franco numa adaptação que pretendia ser mais fiel à obra de Bram Stoker. Apesar das pedras de isopor serem um momento vergonha alheia total, para um filme de Franco até que a produção é requintada e bem produzida, com ótimas sequências e uma trilha sinistra e inspirada. Soledad lindíssima e um louco Klaus Kinski fecham o pacote.
Daniel Borges | Em 28 de Junho de 2020. -
Um filme sobre dúvidas, imaginação e nenhuma resposta. A vida de uma criança é um universo à parte, com todas as possibilidades de sonhos e pesadelos, e isso é materializado de forma sublime para a tela, de uma forma tão banal através de cenas comuns, mas imensamente repleta de significados. Obra-prima!
Daniel Borges | Em 27 de Junho de 2020. -
Esteticamente encantador (e aterrador na mesma medida!), esse é daqueles suspenses ininterruptos que te deixam apreensivos demais, num delicioso jogo de sobrevivência e desconfiança. Os efeitos práticos e maquiagem impressionam até hoje, não devendo em nada aos CGI, aliada a elegância da direção de Carpenter, que aqui encontra não apenas na hipnótica atuação de Kurt Russell, mas também na trilha assustadora de Morricone, os elementos necessários que fazem desse sci-fi um clássico memorável.
Daniel Borges | Em 23 de Junho de 2020. -
A primeira parte é contagiante, com Lino Ventura roubando o filme com uma atuação impagável, em excelente química com Delon. Após uma mudança brusca de tom no segundo ato, a história se torna uma drama que não se sustenta com a mesma força, com algumas cenas se prolongando mais que deveriam, onde o filme se beneficiaria se tivesse uns quinze minutos a menos. O saldo ainda é positivo no fim, um passatempo onde os astros parecem se divertir intensamente (apesar dos bastidores turbulentos).
Daniel Borges | Em 20 de Junho de 2020.