Lupas (759)
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Só a cena do ritual de ressuscitação de Drácula já vale o filme todo, cena chocante e perversa, além de um ótimo efeito mostrando o vampiro voltando a vida. Continuação direta do 'Vampiro da Noite', este mantém o mesmo bom nível técnico produzido pela Hammer mas também traz de volta os personagens rasos envoltos numa historinha nada memorável. Aqui Lee não fala uma frase sequer, além de aparecer pouquíssimo em tela, o que é um desperdício terrível.
Daniel Borges | Em 24 de Março de 2020. -
A meia hora inicial da continuação de 'O Vampiro da Noite' é bem envolvente no desenvolvimento do mistério e os terríveis personagens, mas depois que o barão consegue escapar da mãe, a trama nunca mais apresenta um momento assustador ou que te surpreenda (aliás o ator David Peel está horrível em sua caracterização, não chegando nem aos pés do que vimo de Lee no primeiro filme). O título soa enganoso, pois suas 'noivas' nunca mostram a que veio. Um passatempo mediano e rasteiro.
Daniel Borges | Em 23 de Março de 2020. -
Com boa atmosfera e uma trilha que é uma verdadeira sinfonia de horror, este é um passatempo interessante sobre o mito de Drácula, trazendo a presença assustadora de Christopher Lee e seu algoz Peter Cushing. Deve ter dado medo na época de seu lançamento, embora não seja tão memorável assim quanto outras obras de terror do período.
Daniel Borges | Em 23 de Março de 2020. -
A solidão como força motriz de um pós-apocalíptico melancólico e aberto as mais variadas interpretações e sensações, numa belíssima construção psicológica de personagem. Afinal o que é real? Zac morreu? Se tornou uma espécie de Deus? Simplesmente está sozinho e criou através de sua imaginação a cia das outras duas figuras? Esse é o grande barato desse sci-fi, que pode desagradar muitos pela sua falta de ação ou efeitos visuais mais chamativos, mas com certeza o deixará reflexivo por um bom tempo
Daniel Borges | Em 22 de Março de 2020. -
O mundo criado por Crichton nunca deixa de ser interessante, o público realmente se envolve com as inúmeras perspectivas que estes três universos podem proporcionar, e dali saem sequências bem divertidas e muita tensão, como na implacável perseguição de um Yul Brynner assustador. Interessante ver as máquinas em ambientes como o velho oeste ou a Roma antiga, levantando questionamentos sobre os limites da interação entre a tecnologia e os seres humanos. Belo entretenimento.
Daniel Borges | Em 22 de Março de 2020. -
Um grande e belo fodasse de Carpenter ao capitalismo selvagem e desigual, com sequências icônicas e outras extremamente divertidas (como a luta de Nada com Frank). A mensagem política do diretor é direta e sem concessões, um entretenimento genuíno.
Daniel Borges | Em 21 de Março de 2020. -
Muito além de um filme criminal, é um drama sobre as relações humanas, suas motivações e principalmente a capacidade de compreensão e compaixão, aqui no caso entre pai e filho. Noiret em uma atuação extremamente melancólica que nos prende a atenção desde o início, numa trama que nunca é manipuladora, pelo contrário, a fluidez natural das situações realizadas por Tavernier é assombrosa. Impossível não se colocar no lugar, tentar se identificar, compreender. Obra-Prima!
Daniel Borges | Em 21 de Março de 2020. -
Filme que transborda ousadia em seus temas, aqui temos um polar melancólico e envolvente do início ao fim, trazendo a lenda GABIN num papel nada puritano, um policial que se apaixona por uma prostituta viciada em drogas, que por sinal é testemunha de um crime. Com delicadeza (a sequência do casal andando pelas ruas noturnas de Paris ao ponto que a chuva fina cai é maravilhosa) e interessantes personagens secundários, essa é uma das obras mais fantásticas da longa parceria de Gabin com Grangier.
Daniel Borges | Em 21 de Março de 2020. -
Slasher bem mediano e repetitivo, tudo aqui já fora visto antes (lembrando que até em 84 o subgênero já tinha ganhado centenas de produções), com situações e personagens estereotipados ao máximo e a clássica surpresinha final, tentando mudar o que fora estabelecido anteriormente. De bom temos algumas mortes visualmente interessantes, e a participação de Vera Miles em um de seus últimos trabalhos. Passatempo rápido e esquecível.
Daniel Borges | Em 17 de Março de 2020. -
Dos polares mais melancólicos que já assisti, realizado pela sensibilidade ímpar de Becker, trazendo Gabin no papel que renovaria sua carreira. Extremamente sedutor, elegante e misterioso, Max é um personagem desenvolvido com muita segurança pelo veterano ator, que aqui nos brinda com ótimas sequências de ação e tristeza. Ainda tem Jeanne Moreau e Lino Ventura pra deixar tudo melhor! Belíssimo exemplar que viria a se tornar modelo para os posteriores filmes de gangsteres na França.
Daniel Borges | Em 16 de Março de 2020. -
Terceira e última investida de Gabin às adaptações do inspetor Maigret, este capítulo se diferencia dos demais ao não precisarmos descobrir quem é o assassino, através da apresentação de vários personagens e pistas, aqui desde o início conhecemos os responsáveis (Michel Constantin sempre com ótima presença é um deles), mas nota-se uma direção burocrática e sem maiores surpresas de Grangier, além de uma atuação no piloto automático de Gabin. Um polar mediano e sem muita inspiração desta parceria.
Daniel Borges | Em 16 de Março de 2020. -
Após o sucesso de "Assassino de Mulheres" (1958), Delannoy e Gabin voltam para mais uma adaptação de Maigret, mudando a trama da cidade para o interior, revisitando o passado do inspetor numa trama melancólica com diversos personagens suspeitos de cometerem um terrível crime. Gabin bem mais a vontade no papel, deixando um pouco de lado a rabugentice do primeiro para algumas tiradas bem cômicas, embora a atmosfera pesada não o permita avançar mais que isto. Outro belo e intrigante passatempo.
Daniel Borges | Em 15 de Março de 2020.