Lupas (919)
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Tem um visual bonito mas é recheado de defeitos graves. A começar pelas + de 3h injustificáveis e enfadonhas. Cinema é a arte da síntese e do simbolismo, o que O Leopardo faz é exatamente o oposto. O roteiro é extremamente prolixo e verborrágico além do cinema italiano daquela época ter a estranha característica de ser um híbrido de drama e comédia, como se não se levasse a sério. A montagem é teatral, é dublado e a história se mantém distante do espectador todo o tempo. Cult, 15-11-2020.
Davi de Almeida Rezende | Em 16 de Novembro de 2020. -
Dos 3 que vi do Malick até agora, só em A Árvore da Vida (2011) seu cinema repetitivo deu certo. Quando tentou usar os recursos poéticos em Além da Linha Vermelha (1998), ficou politicamente correto. Tema de guerra não permite isso e repetiu o erro agora, além de imputar ao protagonista uma visão atual criada pelos vencedores da 2ª Guerra e não o que seria possível entender vivendo aquela época. O louco vira herói. Diehl antagônico a Bastardos Inglórios. Da até pra babar de sono. Cult, 09-11-20.
Davi de Almeida Rezende | Em 09 de Novembro de 2020. -
Sciamma deve ser a melhor diretora da atualidade. Fiquei estupefato com Lírios D'água (2007), intrigado com Tomboy (2011) e agora admirado. Conduz brilhantemente seus roteiros que giram sempre na temática lésbica, sem panfletarismo. As cenas parecem pinturas, a trama principal é coesa e fina. Só teria cortado a parte do aborto e achei forçada a intensidade da paixão lésbica que seria realista se fosse hetero. Tentando entender porque foi ignorado pelo Oscar até mesmo pelo tema! Now, 05-11-2020.
Davi de Almeida Rezende | Em 07 de Novembro de 2020. -
Repetiram a fórmula mantendo o protagonismo entre Larusso e Miyage, que conquistou esse espaço maior depois do sucesso de seu personagem no 1º filme. Mas a história, não tendo mais para onde ir, caiu no estapafúrdio, o que já era uma sombra presente desde o início da saga, verdade seja dita. Apesar do roteiro rocambolesco, a condução nem é tão ruim até um pouco mais da metade, quando degringola de vez a partir da cena que Miyagi bate em 2 mestres de caratê ao mesmo tempo. Now, 31-10-2020.
Davi de Almeida Rezende | Em 02 de Novembro de 2020. -
Inferior em comparação a Irmãos Gêmeos (1988), mas apreciei quando era criança. Hoje considero razoável. É tão simples que poderia ser considerado filme B não fosse a presença do astro Arnold Schwarzenegger no seu auge, versátil e com grande carisma evita que tudo não passe de mera bobagem. Custou 15 e arrecadou 200 milhões. Em entrevista para a QG (vídeo no YT) Schwarzenegger declarou que esse filme, juntamente com Irmãos Gêmeos, foram os que ele mais gostou de fazer. Revisto, VHS, 28-10-2020.
Davi de Almeida Rezende | Em 29 de Outubro de 2020. -
O visual e enredo oitentista ajuda a torná-lo interessante, assim como a abordagem atípica sobre vampiros (tema que não gosto) contemporâneos, mas se mantém na superfície o tempo todo. Não chega a ser legal, mas desperta a curiosidade e tem charme. Bigelow já provando seu potencial e Bill Paxton irritante como sempre. Cult, 23-10-2020.
Davi de Almeida Rezende | Em 24 de Outubro de 2020. -
Eficiente, divertido e bem editado, ainda mais nos moldes do cinema sincero dos anos 80. O parênteses é perceber como a arte foi completamente separada do entretenimento - inclusive pelo avanço tecnológico - e como um filme igual Cujo seria inviável atualmente pelo politicamente incorreto do cachorro vilão (sem uso de efeitos ou bonecos) e personagem criança em situação "precária". É por isso que gosto dos bons filmes daquela época e como refletem um melhor ambiente artístico. Cult, 23-10-2020.
Davi de Almeida Rezende | Em 24 de Outubro de 2020. -
Ter sido feito no mesmo ano de 2001 - Uma Odisseia no Espaço, mostra a dimensão de como Planeta dos Macacos é tosco com aquelas fantasias ridículas e cenários de isopor. Produção tão ruim que parece teatro. Mas o pior é o argumento que, além de panfletário, é tão absurdo que parece ter saído da mente de algum insano da ala radical do Greenpeace. Nenhuma das premissas faz o menor sentido, nunca seria possível tamanho devaneio. As conveniências do roteiro ofendem! TERRÍVEL! Now, 18-10-2020.
Davi de Almeida Rezende | Em 23 de Outubro de 2020. -
1º longa que vejo do diretor. No 1º ato, que não vi conexão com a "outra" história a partir do 2º, até parecia interessante mostrando um casal em separação e a filha reagindo a isso. É peculiar e poderia render, mas não teve desfecho. Já o outro "filme" cuja sinopse se refere (e tenta explicar a história), é destinado a um público de idiotas. A única diferença de filme horrível do mainstream para ele, é que um é feito para idiotas em geral e o outro para idiotas intelectualoides. Now, 14-10-2020
Davi de Almeida Rezende | Em 17 de Outubro de 2020. -
Uau! Merecia maior reconhecimento e foi a estreia da diretora! O tema ou rumo de uma história é a escolha pessoal do diretor ou roteirista, que no caso são a mesma pessoa. O que importa é que a história seja interessante e bem conduzida, por isso não ligo de o enredo ser lésbico. Não existem barreiras ideológicas nas artes desde que haja embasamento. A diretora conseguiu criar uma incrível áurea de descobrimento adolescente baseado no bom elenco, diálogos e fotografia. Molhado. Cult, 06-10-20.
Davi de Almeida Rezende | Em 07 de Outubro de 2020. -
Harry Dean Stanton em despedida triunfal do alto de seus 90 anos! Deve ser o ator mais velho que vi protagonizando um filme. E interpretando alguém da sua própria idade e condição. A principal mensagem é que o idoso, independente da idade, continua vivo e motivado. A próprio obra faz esse exercício. Não estão esperando a morte chegar e nem querem ser colocados pra escanteio. Assim é a importância da família na velhice e de conversar sobre a finitude. Sensível e simbólico. Now, 03-10-2020.
Davi de Almeida Rezende | Em 04 de Outubro de 2020. -
Oportuno como registro, mas tenta homenagear os irmãos inventores do cinema como se fossem gênios ou artistas, quando na verdade eram empresários que conseguiram viabilizar a INDÚSTRIA DO CINEMA e ficaram ricos com isso. Ou seja, deram a forma e o rumo desse ramo extremamente lucrativo e influente do ENTRETENIMENTO. Depois virou arte, mas desgraçadamente nunca conseguiu se desvencilhar dessa raiz popularesca exatamente como os filmécos mostrados nesse documentário. Cult, 27-09-2020.
Davi de Almeida Rezende | Em 03 de Outubro de 2020.