Lupas (6393)
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Daqueles de bagunçar cabeça e mudar toda a história com reviravolta no final. (Teve bastante assim nessa época, uma criatividade que se perdeu). A história é envolvente e o mistério vai crescendo a cada pedaço. Mas é uma certa trapaça jogar meio filme fora. Foi superado pela sua refilmagem, que refinou essa loucura. (O espanhol da matriz é a língua mais cansativa de ouvir).
Adriano Augusto dos Santos | Em 31 de Dezembro de 1969. -
É algo demente e perturbador. Certamente o cineasta Haneke é fraco da cabeça. Mas tem sua força na insanidade da destruição da casa.
Adriano Augusto dos Santos | Em 31 de Dezembro de 1969. -
Excelente na ação, Jean Reno domina quando cai nesse rumo - o prólogo e as sequências no prédio são espetaculares. Impactante mesmo, até chocante, é a personagem de Portman. Ousado pra cacete, absurda personalidade, pinga no imoral várias vezes - jamais seria feito atualmente. Luc Besson em geral é bem ruinzão, esse é o melhor disparado, muito marcante. Vendo hoje, percebi detalhes bem forçados na investigação. Gary Oldman bem ridículo, muito exagerado.
Adriano Augusto dos Santos | Em 31 de Dezembro de 1969. -
Interessante demais. Uma coleção de imagens marcantes e temas obscuros que despertam a curiosidade. Os detalhes são o melhor, muita coisa fica claramente subentendida para adultos (não percebi quando vi na juventude), tipo o jovem frei desestabilizado pela tentação, a intenção do remédio da velha, a mulher largando o marido na cama durante a noite... Dá uma bobeada quando aparece a forçada da Inquisição, mas ainda era muito suficiente ao condenar a profanação e o pecado.
Adriano Augusto dos Santos | Em 31 de Dezembro de 1969. -
Divertido pra cacete, sem dúvida nenhuma inspirado na obra de Melville - inclusive citado na cena da praia. Um belo duelo entre o homem e a fera (infelizmente com nova vitória de Moby Dick). A graça maior é o absurdo. A baleia sobrenatural é devastadora, em sua fúria incontrolável, nada segura sua vingança. Bons tempos quando as tardes entregavam isso à crianças, outro patamar de formação.
Adriano Augusto dos Santos | Em 31 de Dezembro de 1969. -
Uma das histórias mais emocionantes da Segunda Guerra Mundial nos cinemas. A fascinante primeira hora constrói tudo, reconstituição com beleza e vida dos primeiros anos de modernização. Depois vem a fantasia mais angustiosa já vista, lindo demais o pai tentando proteger a inocência do filho - caindo várias vezes no tom de farsa. Exatamente por isso, discordo do destino final do pai, não deveria ser assim.
Adriano Augusto dos Santos | Em 31 de Dezembro de 1969. -
Bem engraçado, exagerado na zoeira mas com um humor adulto que funciona bastante - até nos momentos bem americanos, como as piadas do Bill Hader. A beleza de Mila Kunis é absurda, é luminosa, tem um brilho diferente ali.
Adriano Augusto dos Santos | Em 31 de Dezembro de 1969. -
Meu companheiro de noites do passado. Ação excelente (poderia ter mais) e elenco de alto nível, mais um presente de Denzel. História forte, cheia de desdobramentos - além da conta no fim, a culpa do pai não acrescenta nada, o advogado de Rourke é inútil. A montagem é um saco, telas tremidas e idiotia tipo clipe de rock que enche o saco.
Adriano Augusto dos Santos | Em 31 de Dezembro de 1969. -
Impactante pra cacete, não à toa é um dos marcos de Scorcese e do cinema de máfia. Longo, com excelente ritmo, mas exige atenção - vários detalhes e resoluções são citados rapidamente na narração. (Podia ir mais manso perto do fim). A brutalidade seca aqui não é para qualquer um, não é cinema pra moleque.
Adriano Augusto dos Santos | Em 31 de Dezembro de 1969. -
Apesar da montagem frenética, as cenas de ação são boas demais. Tem uns 10 momentos incríveis, de pregar os olhos, as frases certeiras de Bourne fazem vibrar ("Se você estivesse lá, nós estaríamos conversando frente a frente!"). Faltou explicar como aconteceu o momento que iniciou a saga. Por que ele não cumpriu a missão? Quem lhe atirou nas costas e pôs o chip em seu corpo? O que causou a amnésia?
Adriano Augusto dos Santos | Em 31 de Dezembro de 1969. -
Ao mesmo que assusta, com tanta feiúra e mal-gosto, também é curioso. Seus atores de quinta categoria dão um sabor - Rossy tinha que morar na grade pela face que ostenta. A história é uma zona, sempre interessante e com resoluções absurdas - o marido narcoléptico voyeur é inexplicável. Quando pega a escatologia (tantas piadas de pau e um absurdo cumface) passa do limite.
Adriano Augusto dos Santos | Em 31 de Dezembro de 1969. -
A qualidade de sempre dos Coen, com ainda mais surpreendente que o normal da tabela deles. Interessante pra caramba desde a primeira cena, com uma história envolvente - daqueles que criam discussão. Seu vilão mortal, artificial várias vezes, como uma assombração de filme de terror é inesquecível. Podia terminar mais definido, é fato que nunca sabemos onde um Coen vai ir - escolheram uma secura e mardade impactante aqui.
Adriano Augusto dos Santos | Em 31 de Dezembro de 1969.