Lupas (1823)
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Há certa química no ar, mal aproveitada por um texto sacal e personagens de pouca personalidade. Assim como a liquidez das relações, o próprio papo de amor líquido já carrega o fardo de se esgotar rápido.
Guilherme Algon | Em 29 de Março de 2021. -
Começa com boas promessas e um clima constante de desconforto, amarrando bem suas histórias e explorando bem a dualidade da fé, suas distorções e fanatismos, sem soar óbvio. Lá pelas tantas esse propósito se perde numa espécie de faroeste canhestro, cheio de didatismos narrativos. Os vários personagens se misturam, se confundem e morrem antes que possamos compreendê-los melhor.
Guilherme Algon | Em 20 de Março de 2021. -
Mesmo convencional e genérico, é uma das visões mais pé no chão ao lidar com o fim do mundo que já vi, com personagens humanos e normais tentando sobreviver em meio ao caos. A falta de verba ajudou a focar na trama, quem diria.
Guilherme Algon | Em 20 de Março de 2021. -
É simples na sua mensagem, impactante na força de suas imagens. É a mesma proeza de todo programa sobre vida animal, com o acréscimo de uma potente sensibilidade humana, em reverência a natureza.
Guilherme Algon | Em 18 de Março de 2021. -
A primeira meia hora é fenomenal, estabelecendo uma relação intensa através do não dito e com um trabalho de câmera exemplar, refletido no resto da obra. Dos grandes momentos do cinema 2020. Depois disso, cai numa novela de conflitos desnecessários e metáforas excessivamente repetitivas. O texto fica expositivo e ofusca o brilho de seu elenco.
Guilherme Algon | Em 13 de Março de 2021. -
No aguardo da versão BR com Lula e Moro.
Guilherme Algon | Em 11 de Março de 2021. -
Uma jornada tão íntima soa distante pela maior parte da duração, com a protagonista servindo de mera espectadora de um ambiente real até que sua história se revela para mudar de foco. Algumas cenas parecem desnecessárias e a trama anda facilmente com a inclusão de um diálogo expositivo aqui e ali. Há relevância no olhar, mas a mensagem é dispersa.
Guilherme Algon | Em 05 de Março de 2021. -
É a convenção da comédia romântica exercida com a máxima precisão: um universo em que tudo é lindo e inspirador e isso nos é apresentado com naturalidade; as personagens tem um espaço de cena e personalidades apaixonadas, bem desenvolvidas e com arcos redondinhos. Os diálogos brilham e se amarram através de cada novo contexto. É uma obra polida e autoconsciente, sem medo de saber como cativar.
Guilherme Algon | Em 01 de Março de 2021. -
Tem problemas de ritmo e em achar o tom certo, emaranhando Pequena Miss Sunshine para crianças e dirigido por Wes Anderson. A fofura logo impera e segura uma fábula com toques de realidade socioeconômica.
Guilherme Algon | Em 26 de Fevereiro de 2021. -
A força que a experiência cinematográfica parece ter passado as pessoas envolvidas está perdida no meio de uma edição caótica, que não consegue iniciar nem concluir as discussões que impõe. Quer abraçar tantas causas que, no fim, não deu o tempo de fala devido a maioria. A tal sensação de aliança, unir e compreender as diferenças, se vê diluída em excertos. Muita provocação, pouco contexto.
Guilherme Algon | Em 25 de Fevereiro de 2021. -
Assim como o objetivo central da trama, tudo passa por uma exposição cirúrgica. É um tema delicadíssimo tratado com extrema humanidade, transmitindo mensagem com poesia urbana, suja e crua. Pouquíssimo para se dizer, muito para se expressar.
Guilherme Algon | Em 25 de Fevereiro de 2021. -
Os rumos da trama são óbvios, mas sempre interessantes pelo nível absurdo de migué intelectual atribuído pelos personagens. Vinterberg sabe trabalhar conflitos morais e éticos com destreza, e mesmo quando a narrativa parece caminhar para uma lição de moral expositiva, a chave vira e entrega mais um final catártico em sua carreira. A mensagem social fica pelos ares, eufórica, efêmera, alcoolizada.
Guilherme Algon | Em 22 de Fevereiro de 2021.