Lupas (367)
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Os cinco minutos finais resumem bem o que se tem a dizer. Não há bons frutos colhidos quando se luta três vezes mais para se conquistar um terço, quando o esquecimento é mais certo que o sucesso, quando o produzir é pago com vidas humanas. É uma pequena obra-prima, que apesar de todo o caráter teatral e episódico, tem uma mensagem angustiante e atemporal. Davis e Boseman são o filme - dois furacões arrebatadores. (IG: @filmaccro)
Matheus Castelo Branco | Em 19 de Dezembro de 2020. -
O furdunço todo segura a atenção até o final murcho, e esse é um grande mérito. Por outro lado, se até a primeira metade consegue ser consistente em meio à sua "mindfuckness", em algum ponto se dispersa demais e sequer sabe como ou onde quer chegar. A narrativa à la Irmãos Coen joga muito em seu favor e há um ou dois momentos geniais - mas se tivesse se perdido um pouco menos em si, talvez viesse a ser tão grande quanto queria. Ainda com muitas ressalvas, é filmaço! (IG: @filmaccro)
Matheus Castelo Branco | Em 07 de Dezembro de 2020. -
Controvérsias à parte (e nem tanto, já que as enxergo como o grande cerne do filme), assistir a Fincher dirigir algo, para ele, "fora da caixa" - e sem abandonar seus traços autorais - é uma delícia. Com apoio da técnica primorosa (a edição de som é surpreendente), o roteiro, apesar da lalomania, é muito bem escrito, evocando uma Hollywood corrompida e extremamente política. Oldman e Seyfried brilham! (IG: @filmaccro)
Matheus Castelo Branco | Em 05 de Dezembro de 2020. -
Vale por Bettany e por veicular o poder destrutivo do fundamentalismo religioso na vida de pessoas LGBTQ+. Começa até promissor, mas se revela excessivamente esquemático e cambaleia (desnecessariamente) em lugares comuns em prol de dramatizar. Uma pena.
Matheus Castelo Branco | Em 03 de Dezembro de 2020. -
"Tu crois qu'on invente les gens qu'on aime ? C'est con." (IG: @filmaccro)
Matheus Castelo Branco | Em 28 de Novembro de 2020. -
A sensação de estranheza ao final nem se deve tanto ao roteiro que se vende complexo ou ao seu objeto essencialmente mirabolante. O problema central de Tenet reside na distância constante - muito em função de ser simultaneamente um início, um meio e um fim. No entanto, não consigo enxergar nada realmente comparável ao que assisti. Apesar da aparente falta de solidez do argumento, da presunção de Nolan e de ser todo uma "incógnita", Tenet é entretenimento e refino técnico ao extremo. Ponto!
Matheus Castelo Branco | Em 07 de Novembro de 2020. -
Triste assistir a uma grande oportunidade de trazer às telas uma versão que fizesse jus à cultura chinesa ser jogada fora. A tentativa de não ser completamente maniqueísta pode até ser interessante, mas Mulan - apesar de apresentar uma "semirredenção" do enredo original cartunesco - nada mais é que uma aventura quadrada e formulaica.
Matheus Castelo Branco | Em 28 de Outubro de 2020. -
A metade inicial é particularmente ágil e engraçada, e o roteiro ter chutado o pau da barraca com a lógica contribui positivamente para isso. No entanto, a resolução toda - genérica, brega e sem inspiração - joga praticamente tudo no lixo.
Matheus Castelo Branco | Em 03 de Outubro de 2020. -
O texto é teatral, e levar isso em conta é fundamental ao assistir. Toca em reflexões clichês e ainda relevantes para a comunidade (só toca mesmo), mas não é bem sucedido em levar isso às telas, sendo irregular no tom e cafona. O ponto forte óbvio é o elenco - com exceção de Parsons e Quinto, em composições simplesmente bizarras.
Matheus Castelo Branco | Em 03 de Outubro de 2020. -
Típica premissa atraente e bem construída que é prejudicada por direção e orçamento. Há muito de positivo e interessante em A Caverna, mas, dadas as limitações, poderia ter mantido o nível dos trinta minutos iniciais e ter apelado para soluções de gosto menos duvidoso.
Matheus Castelo Branco | Em 07 de Setembro de 2020. -
Alison Brie carrega o filme nas costas - uma obra que, imediatamente após o fim, convida a uma revisita, apesar da aparente falta de profundidade. No mínimo, vale a experiência do olhar sobre transtornos psicológicos do ponto de vista de quem os enfrenta. O que significa, afinal, "fazer sentido"?
Matheus Castelo Branco | Em 06 de Setembro de 2020. -
É genérico e hesita demais para falar sobre racismo da forma devida (o tom de matinê aqui lembra The Help, mas um pouco menos caricato). A força está, no entanto, nas interpretações - Henson, em especial - e na boa caracterização das personagens históricas.
Matheus Castelo Branco | Em 07 de Junho de 2020.