Lupas (3066)
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Uma busca por significados nas estranhezas de um mundo frio e distante. Uma jornada sobre a perda da inocência frente aos horrores do ser humano, mas também da descoberta de algo novo e bom em meio as desilusões da vida. Theo Angelopoulos filmou com delicadeza uma história onde o tempo é a própria angústia de viver e sentir. Um primor visual e narrativo.
Zacha Andreas Lima | Em 19 de Fevereiro de 2024. -
É um daqueles filmes que inevitavelmente levam a uma reflexão pessoal sobre a vida.
Zacha Andreas Lima | Em 18 de Fevereiro de 2024. -
Retrato consistente das mazelas sociais que insistem - sempre com fôlego renovado - em atormentar o Brasil.
Zacha Andreas Lima | Em 17 de Fevereiro de 2024. -
Otto Preminger era um realizador arrojado e intuitivo, um gigante da composição, do enquadramento, do requinte e potência do plano. Um homem de Cinema. Um homem da imagem. Mesmo em um trabalho menor, uma simples encomenda, veículo para uma estrela em ascensão (Marilyn Monroe), ele não deixou de mostrar o seu melhor. Encarou a trama batida, o festival de clichês, realizou um belo e competente Western. Bom filme!
Zacha Andreas Lima | Em 04 de Fevereiro de 2024. -
É nas melhores aparências, nos melhores refinamentos, nos melhores ares de pureza, nas mais requintadas máscaras sociais que se escondem a pior hipocrisia, a sexualidade mais castrada, as pulsões mais destrutivas, os desejos mais sombrios e os devaneios mais inquietantes. Mais uma obra-prima do absurdo absolutamente natural com a assinatura de Luis Buñuel.
Zacha Andreas Lima | Em 04 de Fevereiro de 2024. -
Em "A Mulher Desejada" Jean Renoir filmou fantasmas em carne e desejo, criaturas obsessivas presas nas teias de um passado ambíguo e doloroso. Náufragos de si mesmo habitando um estranho sonho lúgubre e enevoado. Bom filme!
Zacha Andreas Lima | Em 04 de Fevereiro de 2024. -
O charme indefectível dos grandes filmes de Howard Hawks, a sensualidade maliciosa de uma jovem Lauren Bacall, o tipo cínico e esperto de Humphrey Bogart, uma história que misturou William Faulkner e Ernest Hemingway. É um filme de instinto, artifício, ambiguidade, uma excentricidade de personagens e situações que só poderiam existir no universo de um filme da era clássica de Hollywood.
Zacha Andreas Lima | Em 04 de Fevereiro de 2024. -
O que mais impressiona neste penúltimo filme de Bresson é o quanto ele é pessimista. As utopias morreram, a revolução foi um sonho ruim, as ideologias do Maio de 68 convergiram para o abismo, o capitalismo estéril caminha solenemente para esgotar o mundo. O discurso é um grito desprovido de sentido, o aparato social é desespero, o vazio existencial chegou ao insuportável. Nada mais contemporâneo que esse mal-estar geral das coisas. Bresson tinha um olhar aguçado para as nossas mazelas de sempre.
Zacha Andreas Lima | Em 03 de Fevereiro de 2024. -
O poder de fabulação do cinema, da imagem no inconsciente humano, a descoberta do olhar imaginativo sobre as coisas do mundo. É um filme que exerce fascínio nos olhos, enriquece a consciência de significados, invoca o real e o imaginário na mesma percepção existencial. É uma experiência sensorial, hipnótica, mágica, tanto singular quanto imprescindível para aqueles que querem saborear o máximo de um experimento cinematográfico. É difícil descrever sensações tão arrebatadoras em palavras.
Zacha Andreas Lima | Em 03 de Fevereiro de 2024. -
Fritz Lang ainda está tentando entender os pormenores da hipócrita sociedade americana. Aqui ele é meio Capra, mas com um tom amargurado, ás voltas com o fatalismo. O melhor é a forma como tudo é filmado, esmero cuidadoso na hora de compor planos e desnudar a consciência de seus personagens.
Zacha Andreas Lima | Em 03 de Fevereiro de 2024. -
Jerzy Skolimowisky foi a Londres capturar com sua câmera toda a efervescência cultural da Swinging London, fazer seu filme como um grito de cores vivas, uma explosão de sensualidade, um conto dos dissabores da juventude descobrindo as complicações da vida. Uma delícia a presença inebriante de Jane Asher em cena.
Zacha Andreas Lima | Em 02 de Fevereiro de 2024. -
Uma comédia cínica, desvairada, artilharia impagável de humor sofisticado. Texto afiado, fluência narrativa impecável, tudo muito engenhoso e contagiante. Mas não só isso, é um dos grandes filmes sobre o universo do jornalismo e sua pegada mais sensacionalista (e por que não charmosa e debochada). Mais uma obra-prima incontestável de Howard Hawks.
Zacha Andreas Lima | Em 02 de Fevereiro de 2024.