Lupas (324)
-
A catarse iconoclasta é de Zé de Caixão, que Mojica diretor, dentro da fita, vê a putaria sob uma ótica de culpa e responsabilidade diante de sua criação. Sua saída de cena melancólica ao final contrasta com a gargalhada de um Zé sacana. O cara manja.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 09 de Março de 2021. -
Enche o saco para com a parte musical cantada no decorrer da fita, onde só queríamos ver a banda clássica Chocolate Sensual. A trajetória da maioria dos novos personagens pouco importa, assim como a estória avulsa. Temos a curtição nas referências e nisso o filme se vira bem e atualiza as piadas para o século 21. Dá pra se divertir pra cacete em alguns momentos. Destaque para o sensacional Wesley Snipes. Foda demais.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 07 de Março de 2021. -
Um estraçalho emocional pelo não-emocionante inicial do alienígena até descobrir a putaria e as drogas. Um ingênuo poderoso se melando de drogas e bebidas. Com uma trajetória grossa pra descobrir o que é o ser humano. Chegando a entender isso melhor do que o dono original do corpo podre que ocupa.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 27 de Fevereiro de 2021. -
Material seco por demais para o tour de force despirocado e conhecido do mestre do operático do exagero Nicolas Cage, que aqui aplica um tom altamente comedido em personagem intrigante em meio a uma ruma de gente fodida e no meio da putaria. A esperança vem no garoto. Como uma árvore forte a crescer que merece uma oportunidade. As outras vão perecer, ou por sacrifício ou desgraça.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 25 de Fevereiro de 2021. -
A ideia dos corpos falsos existirem da forma na querem que eles sejam é um parâmetro para os usos de redes sociais que estavam prestes a explodir na época. O conceito é interessante pra cacete, mas a condução é só ordinária.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 23 de Fevereiro de 2021. -
Breguice. Zuada. Esculhambo. Exagero. Cores abusivas. O romance numa explosão tesuda em fogo, pólvora, sangue, fuleiragem lisérgica e putaria.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 17 de Fevereiro de 2021. -
Se irrita os conservadores, a probabilidade de ser um filmaço é grande. Dito e feito.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 01 de Fevereiro de 2021. -
Um clássico de monstras influências que se impõe pelo clima numa fotografia de contrastes com usufruto da escuridão crescente em seu protagonista, onde Perkins compõe perfeitamente o destroço interno daquela figura. Há o explicacionismo final que conta em detalhes o que espectador nem precisava saber, porém público do período era outro e talvez fosse necessário este estabelecimento. Filme basilar para o horror.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 28 de Janeiro de 2021. -
Provavelmente a pior carniça do ano. Cansativo, burro e farsesco. Defende as mesmas pautas do cinemão mainstream embalsamando isto numa marmota de pauta identitária fuleiragem. E ainda tem uma narrativa bosta com péssimas cenas de ação com personagens avulsos que culminam naquela ciranda da alegria de merda ao seu final. 150 minutos de lacração (por isso o termo marmota, já que só mercantiliza pautas importantes) sem futuro. Nem as tentativas de emular o colorido dos 80 salvam este troço.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 29 de Dezembro de 2020. -
Documentário etnográfico pancada onde Jean Rouch expõe o entrechoque sociocultural e político escroto do imperialismo inglês com o continente africano na figuração de um ritual como simbolismo à violência capitalista estrangeira. Mas é coisa somente da cabeça do Rouch? A pergunta é mais importante que a existência de alguma resposta.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 12 de Dezembro de 2020. -
Mojica comete grosseiro exploitation vingativo. Sua versão das elites é debochada e escrota. São eternos vagabundos ricos em busca de curtição e violência. Contemplando seu universo com altas doses de Whisky em copos de goiabada. Fruto da falta de recursos do diretor no período. Cinema de honestidade perversa dentro duma realidade exagerada. Máximo usufruto de frases feitas para a nossa diversão. Peca no esticamento de baladeira no romance, mas acaba redimindo-se com seu final cínico e doloroso.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 02 de Dezembro de 2020. -
Cagão ao ponto de não culpar ninguém, como se nenhum desenvolvedor houvesse pensado nas consequências do que criavam, que se assumem como vítimas da ignorância e não culpados pela esculhambação. Esquema do cara que criou a cocaína porque dava um barato e não sabia que matava. Aposta na culpabilidade lá pra frente do material, falando de grandes empresas (de forma bem genérica) para não passar em branco na questão. Vale pelo didatismo e alerta da situação. Só.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 07 de Novembro de 2020.