Lupas (324)
-
Telefilme bem produzido sobre carro endemoniado tocando o terror em cidade interiorana. Destaque para os ataques do possante com direito a trilha sonora pungente e excelente usufruto do som ensurdecedor do carro pra gerar terror. Obra que além de bem conduzida, serviu de inspiração pro Stephen King escrever o Christine. Legal o terror ser invocado no deserto com diversas cenas ao dia e bem iluminadas. O medo vem da criatura independentemente da escuridão. O diabo não tem hora pra atacar.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 23 de Março de 2019. -
Filme esquisito e bem engendrado. A premissa escrota é bem defendida pela Julie Christie em papel escroto. A direção sabe como criar um clima claustrofóbico tanto pelo espaço quanto pela parafernalha robótica e pelo caráter de estupro envolvido. Segura bem tudo isso em espaço limitado. Com bom uso da cara de pau e da violência simbólica caminhando para a física com final cínico. Filmão.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 22 de Março de 2019. -
Esculhambação política de Glauber. Decupagem espalhafatosa de contra-plongees auto-importantes em conluio criminoso com uma direção de atores exagerada na intenção do caricato. Uma caralhada carnavalesca sob a ótica de um poeta visual escroto e inquieto.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 15 de Março de 2019. -
Narrativa que permite o usufruto do absurdo se encaixando na esculhambação. A construção do suspense na claustrofobia dos laboratórios é exímia, aliada a paleta de cores fortes típica do período. A cena do sexo oral da cabeça falante já nasceu clássica.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 12 de Março de 2019. -
Estética exagerada remete ao absurdo dos 80 na violência e pessimismo somado ao caráter de sarro dos 90. Críticas à estas estéticas são cada vez mais fortes. Ora um filme sobre uma máquina de lavar assassina já abre pro escopo do absurdo no nascedouro.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 12 de Março de 2019. -
Ótimo trabalho do Spike Lee na exposição de continuidade do racismo nos EUA, e na porra do ocidente. Usando-se da história o diretor faz um percurso cínico em direção ao cagaço no seu algoz ideológico atual Donald Trump.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 11 de Março de 2019. -
Sci-fi criativa, bagaceira e violenta. Iluminação em cores quentes ressalta o calor do aquecimento global e planos mais fechados denotam o caráter mais intimista do drama principal, o que é também uma esperteza mediante a liseira do orçamento. Foda
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 11 de Março de 2019. -
Avacalho do mundo das celebridades. Putarias das mais diversas. Drogas, merda, vômito, pus e catarro. Jackson demonstrando manejo nos movimentos de câmera aproveitando as diferenças de personalidades e tamanhos dos animais. Sobra esculhambação. Foda.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 11 de Março de 2019. -
Obra esquisita e desconjuntada no excesso de alongamentos para se chegar numa metragem de longa. Mas com os toques de gênio que o diretor sempre chibateou. Morte como um aguardo, uma espera hedonista com putarias diversas em final sagaz. Mojica foi um cara de simplismo em roteiro e muita invenção de imagem - o trabalho de cores aqui é sensacional - e conceitos fodas de linguagem. Nisso ele era insuperável. Com pouca coisa pra trabalhar e usando dos tesudos corpos nus que a boca do lixo oferecia.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 05 de Março de 2019. -
Sai Zé do Caixão e entra o Zé Cornão. História de vingança com direito a uma cena absolutamente esperta duma cirurgia real que Mojica passara e resolvera registrar e enfiar no filme. Esse bicho aproveita é tudo que filma. Um ninja. Mojica sempre teve um tratamento especial com a carne humana e seus significados em seus filmes. A punição na carne pela carne. O que se reflete no seu final sacana. Aliás esse é um cara que sempre resolve bem o encerramento de seus filmes. Impressionante.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 01 de Março de 2019. -
Assassino macumbeiro entra em boneco e sai aloprando. Exagero, violência e falta de noção. Como fazer um boneco escrotinho parecer perigoso. Esqueça a relação entre criança e brinquedo. O negócio aqui é frontal. O boneco sai matando e incrimina o pivete e depois vai atrás de tomar-lhe o corpo. Isso envolvendo rituais macabros e o escambau. Excelente destaque para o animatrônico fenomenal do Chucky. Figurinha que entraria pro panteão de vilões do cinema moderno. Com muita sagacidade e desordem.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 27 de Fevereiro de 2019. -
Zé do Caixão contra Mojica. Metalinguagem, cinismo, oportunismo, gambiarra, censura, genialidade. A censura havia cortado filmes do cara, então onde estaria o material fatiado? Mojica teve a insultante ideia de usar os restolhos subversivos em nova fita com meia hora de novas filmagens pra encaixar. Violência colorida por filtros abusivos onde o pesadelo é perene e visceral, que transpõe medos e realidades e as confunde quando quer. A verdadeira epistemologia da fuleiragem do pensamento humano.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 27 de Fevereiro de 2019.