Lupas (326)
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Obra representativa da violência urbana dos 80. Da clássica abertura de música escrota com policial se armando às mortes violentas numa narrativa absurda. Decupagem objetiva e crua, que visa o choque pelas ações do psicopata milico, que só mostra a cara lá na frente, não antes do filme tirar uma onda com o espetador nisso. Bom uso das sombras e das cores como elemento de personalidade do assassino. Que mata as escuras até mostrar a face da loucura. Daí pra frente o negócio escracha. Filmão.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 15 de Outubro de 2019. -
Auspiciosa estreia na direção de Dennison Ramalho. De um lado traz o frescor e a busca em homenagear o horror, mas querendo seu próprio espaço; de outro falta o tato visual necessário que a experiência consegue ajambrar em muitos. Isso por conta do equivocado uso de efeitos visuais desnecessários. A trama se desenrola bem, com direito a comentário social não-panfletário e nos brinda com ótimo uso do Gore. Além de ótimas atuações. Do centrado Daniel de Oliveira ao caricato de Fabiula Nascimento.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 03 de Outubro de 2019. -
Bonitinho visualmente, com direito a um ótimo aporte visual no segmento em Marte, mas não faz mal a ninguém e vende um tamanho de narrativa e temática bem maior daquilo que realmente apresenta. Meio chorão e cagão. Mas o encontro e finalização com o Tommy Lee Jones é decente.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 30 de Setembro de 2019. -
Surpreendente acesso insano de maturidade de Rob Zombie, que preocupa-se menos com a violência gratuita e mais com a criação de um clima altamente mórbido com uma construção imagética absolutamente sagaz. Excelente uso das cores. Este sim é um filme amedrontador sobre a bruxaria como um mal escrotíssimo e antigo. Das profundezas sabe-se lá de qual círculo infernal.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 22 de Setembro de 2019. -
Bagaceira capitaneada pelo viés classemedista em sua crítica e concepção de pobreza, com certa nostalgia da mesma há de se ressaltar, que traz o aporte do absurdo alegórico pra se discutir geopolítica. O lance aqui é sarro, a sacanagem do brega exagerado, não tem a sensibilidade de crítica política que a intelectualidade tanto choraminga querer. É uma visão escrachada e deturpada de um nordeste em convulsão e estraçalho, mas não morto, mas sempre a espreita. Na ponta do esculhambatório viçoso.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 02 de Setembro de 2019. -
Sai o escroto clima do fim de Casa dos 100 Corpos e entra a violência dum slasher-western road movie. Mais frontal e objetivo que seu predecessor, mas sem o mesmo impacto visual pela evisceração cerebral que aquele outro tentava. A guinada de estilo da sequência é altamente bem vinda.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 17 de Julho de 2019. -
Rob Zombie estreando em fita de horror visando brutalidade na intenção de chocar pelo exagero e pelo marmotoso. Joia. Algo que seu cinema preconizaria ad eternum dali em diante. Material pueril e grotesco, mas bem honesto. Tem uma espécie de surpresa final intrigante que deixa um gosto amargo do filme que poderia ter sido ao invés de uma cópia masturbatória de O Massacre da Serra Elétrica. Destaque para alguns planos inventivos e pelo já icônico Capitão Spaulding. Uma esquisitice da boa.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 17 de Julho de 2019. -
Coerente com seu universo cinematrografico não só aos personagens, mas à linguagem estabelecida. De boas cenas de ação, elementos visualmente catárticos, à falhas de narrativa, humor infantilóide, caráter mercadológico juvenil e imbecilização de alguns personagens. Toma um caminho diferente da parte um, buscando um desenvolvimento final que até culmina em boas rimas narrativo-históricas. Funciona como evento, como cinema fica no mediano.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 30 de Abril de 2019. -
Sexo explícito tratado como punição, que visa nos obrigar a gostar assim mesmo, e a violência em câmera lenta como orgasmo poético pela nossa predileção pra pancadaria. Imagem e som na intenção do desespero. Fita objetiva, sensacionalista e escrota.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 23 de Abril de 2019. -
Projeção de personagem anti-moderno numa imagética crua. A história não exige frescuras e sim a passagem do tempo perdido e o quanto ele vale. Filme testamento? Aposentadoria? Autocrítica? É cinema. A simplicidade pode ser o último estágio do genial.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 19 de Abril de 2019. -
Vale pela vontade de se fazer Sci-fi bagaceiro. Esperteza em evitar planos abertos, já que a arte pobre não propiciava grandes visuais (apesar do esforço). De inesquecível fica a loucura dos anos 80 que permitia o exagero de uma cena de estupro capitaneada por um verme gigante.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 27 de Março de 2019. -
Sexo barato, violência, pregos em todas as partes dos corpos. Trash? Aqui é o esquizofrênico caseiro. De atuações histéricas à uma fotografia crua. Funciona bem na proposta da pobreza coletiva da produção. Diverte demais a falta de rivotril dos criadores.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 27 de Março de 2019.